A saudade assume formas que não podemos imaginar, evitar ou sequer controlar. Surge nos momentos menos oportunos.
Como uma pulga que se aninha no pelo de um felino, multiplicando-se.
Como uma pedrinha que cai sobre o para-brisas abrindo uma racha, que nunca chega a quebrar totalmente, mas que também não desaparece.
Como o dente do siso que começa a nascer, incomodando. Uma espécie de picadela que no início até controlamos com paracetamol, todavia acaba por se revelar persistente, doendo, moendo, levando a que sejamos obrigados a arrancar o dente.
É assim que funciona a saudade, esse sentimento que só é bonito na Literatura, esse sentimento que até nos soa poético, mas que consome, corrói e destrói.
LER MAIS NA EDIÇÃO IMPRESSA



