11/07/2021, 8:00 h
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O Verão é marcado pelo mercado de transferências. Qualquer rumor é aprofundado e todos querem ver que melhorias chegarão aos planteis das suas equipas.
Este ano, se não fosse o Euro2020, estaríamos numa travessia no deserto à espera do regresso dos campeonatos. O mercado de transferências não tem tido o movimento dos últimos anos e isso acontece, porque as equipas, fruto do impacto da pandemia, não estão na disposição de gastar fortunas. Arrisco até a dizer que grande parte dos clubes não têm disponibilidade financeira para investir. A hipótese é esperar que os tubarões comecem a movimentar dinheiro.
O mercado vai funcionar em cadeia: os mais ricos vão começar com as compras, os outros só compram se venderem. Claro que sou a favor do cumprimento do fairplay financeiro, mas está claro que o mercado só funciona se clubes como o Manchester City ou o PSG começarem a espalhar os milhões árabes de que dispõem.
Em Portugal, num campeonato de segunda linha europeia, este facto é bem visível. As mexidas são poucas e as carências mantêm-se. Só vendas permitirão um ataque forte ao mercado.
O FC Porto ainda está a contas com o fairplay financeiro; o Benfica tem o peso de um alto investimento, na época passada, que não deu frutos e o Sporting nunca escondeu que precisa de vender para ter liquidez.
A maior prova que o mercado está diferente e mais fraco é Lionel Messi. O astro argentino terminou contrato com o Barcelona a 30 de junho e continua sem clube. Como Messi está a disputar a Copa América pela Argentina, acredito que a opção do jogador possa ser focar-se na seleção e só pensar em novos contratos depois.
Mas é estranho viver num mundo futebolístico em que Lionel Messi não tem clube e em que as propostas não surgem por falta de liquidez. Por um lado, fico feliz. O futebol das centenas de milhões tinha de ter um fim. Pode ser que agora os tubarões baixem a fasquia e não vivam acima das suas possibilidades.
Apesar disso significar que as migalhas que chegam a Portugal sejam ainda menos.
Pedro Queirós
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