Melão, meloa e melancia: Saúde até à última gota!

Com o aumento da temperatura, o trio melão, meloa e melancia começa a inundar as bermas das estradas fazendo com que a paragem se torne quase obrigatória.

Quase todas as consultas de nutrição possuem um espaço reservado para estas “frutas que se podem beber” a aparecer como aquelas das quais se pode “abusar” ou comer com mais à vontade.

De facto, a sua composição nutricional legitima plenamente esta discriminação positiva, visto que, em vez de fruta que se come, estamos perante fruta que se bebe.

Melão, meloa e melancia possuem todos mais de 90% de água e menos de 6% de açúcar, algo que na prática se traduz em apenas 20 a 30 kcal por 100 gramas.

Assim, a opção por qualquer um dos três é positiva na perspetiva de aumentar a densidade nutricional da nossa alimentação, ou seja,  aumentar a quantidade de alimentos ingeridos com o mínimo de calorias associadas.

Contudo, uma pergunta impõe-se: entre melão, meloa e melancia qual deles o melhor?

Como os olhos também comem, poderíamos ter a ilusão de que as suas fortes cores teriam a devida correspondência em vitaminas, nutrientes e fitoquímicos.

Porém, entre os três, a melancia é justamente a que possui menos fibra, menos carotenos e, consequentemente, menos vitamina A, mas também bastante menos vitamina C (melão e meloa são excelentes fornecedores desta vitamina).

No que se refere ao potencial antioxidante destes três frutos é de salientar que ocupam o patamar inferior no panorama de frutos e hortícolas em geral, sendo que, mais uma vez, a melancia é a que se diferencia mais negativamente a este nível.

No entanto, falamos de diferenças relativamente pequenas e tomara que todas as dúvidas ou indecisões na escolha alimentar tivessem como pano de fundo alimentos com esta grande riqueza nutricional.

Por isso, quer opte por melão, meloa ou melancia, existem poucas dúvidas e uma só grande certeza: são sinónimo de saúde até à última gota.

Mafalda Pacheco Pereira

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