21/04/2021, 1:00 h
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Foi no passado dia 3 de abril que se disputou a final da Taça do Rey referente à época passada. A pandemia e a esperança de ter público no estádio adiaram a data do jogo por um ano, mas as melhorias não foram significativas e a final foi disputada sem adeptos no recinto.
Para além de estar um título em disputa, as expetativas eram altas pelo facto de se defrontarem os dois maiores rivais do País Basco: Athletic de Bilbao e Real Sociedad.
A vitória acabou por sorrir à Real Sociedad, mas os momentos mais altos dessa noite viveram-se após os minutos finais.
Primeiro, Asier Illarramendi, capitão da Real Sociedad, não pôde contribuir dentro de campo devido a lesão. Ainda assim, mesmo com dificuldades em andar, foi ajudado por um colega buscar a taça às mãos do Rei.
Depois, já no campo, quando a Real Sociedad se preparava para levantar a taça, já praticamente todos os elementos do Athletic de Bilbao se dirigiam para o balneário.
Contudo, Iker Muniain, capitão do Athletic, ficou no relvado a aplaudir os festejos dos adversários e maiores rivais.
Para finalizar, Imanol Alguacil, treinador da Real Sociedad, na conferência de imprensa, vestiu a camisola do seu clube e entoou cânticos de apoio, como se de um elemento claque se tratasse.
Todos estes momentos são dignos de registo e todos fomos capazes de os aplaudir e reconhecer a sua grandeza.
O que me indigna é que se isso acontecesse em Portugal, num jogo entre dois rivais, tudo isto seria reprovável e alvo de críticas.
Em Portugal, a crítica é demasiado fácil. Mas admito que nem tudo está mal.
No último jogo da fase regular da série F do Campeonato de Portugal, Torreense e Alverca disputavam o primeiro lugar e consequente possibilidade de acesso à Segunda Liga.
Após o jogo, os festejos ficaram do lado de Torres Vedras, mas acima disso esteve o gesto de ambas as equipas em homenagear Alex Apolinário, jogador do Alverca que faleceu, em janeiro passado.
Nem tudo o que se faz lá fora é bom e nem tudo o que se passa aqui dentro é mau. Devemos é fazer regra destas atitudes e querer um futebol com maior lado emocional.
Pedro Queirós
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