Por
Gazeta Paços de Ferreira

24/07/2020, 12:54 h

86

Editorial

Editorial

O agravamento do conflito entre os Bombeiros de Paços de Ferreira e o Presidente do Município, de cuja existência nos demos conta na cerimónia da comemoração dos 89 anos da Corporação, não prestigia, nem serve os interesses de qualquer das instituições e, muito menos, os do concelho e das suas populações.

Importaria assim que triunfasse o diálogo na resolução das carências, que afectam a Corporação para que possa prosseguir na sua missão de protecção de pessoas e bens, designadamente, o socorro a feridos, doentes ou náufragos e à extinção de incêndios.

Estando ambas as partes cientes, uns, das necessidades e outros, das capacidades/dificuldades, será desejável que se encontre o denominador comum que permita a satisfação paulatina dos vários interesses e aspirações, já que a pressa da impaciência é inimiga de toda e qualquer resolução sensata.

Assim, o incidente a propósito do eventual desrespeito do isolamento profilático pelo Presidente do Município foi muito maltratado por todas partes, que não conseguiram estabelecer qualquer ponte de diálogo, proporcionador de um entendimento dos factos, das suas motivações, implicações e consequências, evitando este espectáculo deplorável e de consequências imprevisíveis.

Humberto Brito colocou-se a jeito ao desafiar o confinamento e deveria prever que, apesar de todos os cuidados postos no acto e os valores elevados em causa que visava prosseguir, a simples aparência da ilicitude, não lhe seria perdoada, dado o clima de animosidade pré existente com os responsáveis da corporação, que sempre teriam a seu favor a invocação obrigatoriedade de participação à autoridade policial, sem entrarem em consideração com os motivos justificativos doa acto, a considerar apenas em foro judicial.

O busílis desta questão centra-se a outro nível – o do conhecimento transmitido aos órgãos da comunicação social, que foram claros a escudar-se em fontes dos bombeiros, que não constitui qualquer obrigação funcional da Corporação, e que poderá vir a constituir ilicitude penal.

Aqui, salvo melhor opinião em contrário, os responsáveis da Corporação, fizeram uma jogada muito arriscada, que lhes pode vir a saír muito cara, quaisquer que tivessem sido as suas intenções e objectivos.

Assine e divulgue Gazeta de Paços de Ferreira
Desde 1952 ao serviço da informação e da cultura
Pela defesa dos interesses do concelho de Paços de Ferreira e da sua população

Assine Gazeta de Paços de Ferreira

Assinatura anual 20,00.

Com a oferta do acesso à edição electrónica, em reestruturação.

Opinião

Opinião

Cascas de banana…

17/08/2025

Opinião

De tostão em tostão… se alcança o milhão ou a dimensão colectiva dos direitos do consumidor

13/08/2025

Opinião

A Bolsa de Valores

11/08/2025

Opinião

Gastroparésia: Quando o estômago perde o ritmo

10/08/2025