Por
Gazeta Paços de Ferreira

21/01/2021, 16:38 h

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EDITORIAL | É imperioso votar

Editorial

No próximo domingo realiza-se a eleição para a Presidência da República.

Trata-se de um ato cívico de relevante importância na vida da democracia portuguesa.

 Portugal vive numa situação dramática com a pandemia provocada pela Covid-19, a atingir números impressionantes de infectados e de mortes.

Têm vindo a ser determinadas medidas restritivas da circulação das pessoas e limitação de actividades, com vista ao seu combate, pela eliminação das cadeias de transmissão do vírus.

 Chegou a ser levantada a hipótese do seu adiamento, que veio encontrar obstáculos, em tempo, insuperáveis.

A campanha tem vindo a ser feita pelos candidatos em moldes muito restritivos, salvaguardando as medidas impostas pelas autoridades de saúde, embora tenha havido quem, anti-sistema, provocatoriamente, as tenha mandado às malvas, adquirindo assim as presenças televisivas uma importância elevada para o conhecimento das candidaturas.

Lamentavelmente os debates não estiveram à altura da importância e mesmo da dignidade da eleição, com responsabilidades de moderadores e de candidatos

Moderadores houve que demonstraram incapacidade de pôr cobro a atitudes trauliteiras de candidatos, outros que se  esqueceram-se de que os debates eram entre candidatos e não entre eles e os candidatos ,e nem sequer faltaram os que orientaram os debates para temas, que nada tinham a ver com o objectivo de se ficar a saber o que os candidatos fariam com a presidência, caso viessem a ser eleitos.

Por seu turno, os candidatos preocuparam-se mais com questões do foro governativo, sem nos fornecer, as mais das vezes, a orientação que dariam à sua eventual Presidência, para esses casos.

É da história que as eleições em que entre um Presidente em funções a abstenção tende a ser mais elevada. No caso presente acrescem as dificuldades causadas pela pandemia.

No entanto torna-se imperioso assumirmos as nossas responsabilidades cívicas como cidadãos de corpo inteiro, que entendem que é pela afirmação consciente que se constrói a democracia.

Torna-se também imperioso vencer o medo do vírus, em que muito boa gente se encontra empenhada, para fazer vencer os seus projectos assentes no medo, no ressentimento, no ódio, na demagogia, na verdade particular erigida em universal -  panos de uma manta tecida na sombra pelos  falcões do dinheiro.

Torna-se imperioso votar, finalmente, para defesa do regime democrático e da sua Constituição, colocando na presidência uma personalidade que a cumpra e faça cumprir, com os olhos postos na defesa dos justos anseios das mais amplas camadas do povo português. e com especial incidência nos mais deserdados e excluídos.

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