Por
Gazeta Paços de Ferreira

04/09/2020, 1:04 h

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Clube 1º de Maio de Figueiró - Pequenas notas históricas

Vimos na última nota que, em 1985, o grupo que se opunha à instalação de luz elétrica no campo de futebol venceu as eleições, por ter sido a única a apresentar-se a sufrágio.

Assim, seria de esperar que cumprisse a promessa de não avançar com o projeto da iluminação e enveredasse por deitar abaixo os postes que já estavam ao alto.

E era essa a sua disposição. No entanto nunca avançou nesse sentido, por várias razões, não tendo sido, talvez, a menor o facto de termos feito passar a ideia, pelos associados, que não ficaria lá muito bem na fotografia uma direção a ser derrotada, logo na primeira Assembleia Geral, após a tomada de posse…

É que estávamos mesmo dispostos a infligir-lhe essa derrota, se eventualmente avançassem com essa inqualificável proposta.

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Por isso, foram protelando a execução do projeto, que só foi concluído em 1989.

A inauguração solene, com a inevitável pompa e circunstância, ocorreu num sábado de chuva e foi, com um sorriso nos lábios, que testemunhei o ato a ser praticado (agora com grande satisfação) por aqueles, que tanto tinham (não tinham) feito para o não concretizar….

A inauguração, no entanto, ficou manchada com uma “nódoa” que jamais esqueceremos.

Integrado na cerimónia, realizou-se um jogo de futebol. Ora adivinhem lá quais foram as equipas intervenientes. O 1.º de Maio e …(?). Não. A equipa do clube não jogou. O encontro foi entre o S.C. Freamunde e o F.C. Paços de Ferreira.

Perante a nossa incredulidade pelo que estava a acontecer, foi-nos “explicado” por um (ir)responsável que, se a equipa do clube jogasse, as pessoas de Paços e de Freamunde iriam perguntar: “É isto o Figueiró?”.

Pois, meus amigos, era a mentalidade reinante naquela altura na nossa querida terra: pessoas a terem vergonha de mostrar a estranhos os jovens da terra, não os aceitando tal qual eram, pois veriam a sua vaidade afetada!...

Neste capítulo da iluminação do nosso campo de futebol não poderemos deixar de registar a nossa eterna gratidão ao eletricista Guilherme Silva e ao Engenheiro Amâncio Ribeiro pelo muito que fizeram para que o nosso sonho se tornasse realidade.

Bem hajam!

Álvaro Neto

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