Por
Gazeta Paços de Ferreira

20/09/2020, 22:17 h

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Clube 1º Maio Figueiró- Pequenas notas históricas (XVI)

A vida associativa nos anos 80 era muito intensa. As eleições provocavam sempre grande interesse e confronto de ideias entre dois grupos: um integrado por mim e outro inspirado pelo José Maria Barros.

Deste último grupo fazia parte o Carlos Aguiar, que tinha umas luzes das regras de jogo, pelo que era bastas vezes convidado para arbitrar os jogos amigáveis, que o clube realizava.

Num domingo jogamos com uma equipa de Viseu, partida arbitrada pelo Aguiar, ajudado por dois outros “jeitosos”.

No final do jogo, fomos todos almoçar no restaurante da Amância, em Freamunde e durante o repasto houve os habituais discursos. Ao usar da palavra, agradeci a toda a gente que tinha colaborado, mas não mencionei os árbitros.

O Aguiar não me perdoou e não deixou os seus créditos por mãos alheias nas críticas...

Aprendi a lição para toda a vida.

A partir daí, preparei melhor os discursos, e até os improvisos…

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Uns anos depois, já na década de 90, quando criamos as camadas jovens, os nossos opositores, que também não concordaram com a iniciativa, iam para o campo “mandar bocas”, incluindo o Aguiar, que, o entanto, continuava a colaborar connosco. Quando os árbitros faltavam, íamos lá a casa fazer o convite e, várias vezes o “arrancámos da cama”, mas nunca levámos qualquer “nega”.

Mas continuava no “contra” e não se coibia de ir aos jogos das camadas jovens “mandar bocas”, em alta voz, contra as nossas equipas, chamando-as por “Sanfins” (nós tínhamos nas equipas vários rapazes dessa freguesia), o que entristecia e irava um dos nossos treinadores – o falecido José Augusto – que, várias vezes, tive de impedir que abandonasse o “banco” e se lhe dirigisse, para “agradecer” os mimos.

No final de uma época, promovemos uma excursão a Vigo com dirigentes, técnicos, atletas, familiares e todos os colaboradores do clube.

Obviamente, o Carlos Aguiar foi convidado e aceitou o convite.

Na véspera da partida, disse ao José Augusto que o Aguiar tinha sido convidado, respondendo-me de imediato: “Se esse f… for, eu não vou”.

O Aguiar foi.

Álvaro Neto

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