Por
Gazeta Paços de Ferreira

28/07/2021, 22:22 h

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Chico - espertice

João Mário foi oficializado pelo Benfica. É para já a bomba do mercado e não acredito que nenhuma outra transferência, em Portugal, tenha mais impacto do que esta.

Sair do Sporting para o Benfica (neste caso, se formos mais rigorosos, é sair do Inter de Milão para o Benfica) não pode escandalizar ninguém.

O futebol-negócio é isto. Os jogadores são profissionais e devem poder escolher quem lhes oferece melhores condições, tal como qualquer um de nós.

O ponto mais sensível não é, então, a transferência, mas sim o modo como a mesma foi feita.

Desde o início do Verão que tem sido noticiado que Sporting e Benfica têm disputado a contratação do jogador. O Benfica ofereceu mais pela transferência, o Sporting não igualou os valores e perdeu a vantagem que tinha na opção de preferência.

Este é o ponto principal: João Mário não é jogador do Sporting porque o Sporting não quis fazer um esforço financeiro por ele, o que é perfeitamente normal e justificável. São opções do clube e do treinador.

Se João Mário, depois disto, viu com bons olhos a proposta do Benfica, é livre para a aceitar.

 Mas há contratos que devem ser cumpridos e é aqui que entra a cláusula anti-rivais.

Não vou discutir se é legal ou não porque me não cabe a mim fazê-lo, mas sou da opinião que a legalidade dessa cláusula deve ser discutida aquando da assinatura do contrato e não aquando de uma possível transferência ou rescisão.

 Porque se não é legal hoje, também não acredito que o fosse há cinco anos e mesmo assim todas as partes (Inter, Sporting e João Mário) concordaram com ela.

Essa cláusula implica um pagamento de 30 milhões de euros por parte do Inter ao Sporting caso João Mário assine por outro clube português. É uma cláusula vinculada ao clube e não ao jogador. Ora, com João Mário a querer o Benfica e o Inter a querer ver João Mário sair, apenas a cláusula anti-rivais impedia o negócio.

Daí a rescisão contratual que liberta João Mario do Inter e o Inter do pagamento de 30 milhões.

É um negócio onde todos têm a sua razão, mas em que todos ficam mal vistos: O Sporting está mais interessado nos 30 milhões do que no João Mário; o João Mário não respeitou o clube que lhe deu a mão numa altura difícil e o Inter quis fugir a um contrato com o qual concordou.

Espera-se mais uma batalha legal…

Pedro Queirós

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