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Gazeta Paços de Ferreira

21/06/2021, 16:27 h

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Camara homenageia F.C. Paços de Ferreira Paulo Meneses quer Capital do Móvel nas camisolas

Atualidade

O Executivo Municipal recebeu, no passado dia 26 de maio, os dirigentes do F.C. Paços de Ferreira, nos Paços do Concelho, para prestar homenagem ao clube pela excelente época realizada pela sua equipa principal, que lhe permitirá disputar na próxima uma competição europeia.
Ora foi este acesso europeu, e as suas incidências a nível de apoios e intervenção autárquica, tecido empresarial e associativo, que constituiu o tema central dos oradores da sessão.
Humberto Brito reconheceu o excelente trabalho desenvolvido pelo coletivo pacense – atletas, corpo técnico e dirigentes – realçando, além disso, o especial papel que a coletividade tem desempenhado na promoção do concelho, nomeadamente da sua marca Capital do Móvel, em Portugal e no estrangeiro: “Se hoje somos conhecidos nacional e internacionalmente deve-se também e muito ao trabalho abnegado de muitos diretores do passado, que trabalharam afincadamente para que hoje, uma vez mais, o F.C. Paços de Ferreira tenha tido os méritos desportivos, e não só, mas sobretudo desportivos, que hoje podemos presenciar”.

Se hoje somos conhecidos nacional e internacionalmente deve-se também e muito ao trabalho abnegado de muitos diretores do passado


Ora, Paulo Meneses, presidente da coletividade pacense, agarrou a “deixa” e aproveitou a oportunidade para lançar ao Executivo Municipal, especialmente ao seu presidente, o repto do apoio ao F.C. Paços de Ferreira nesta sua campanha europeia, formulando-o de forma firme, por um lado, mas muito no vago, por outro, , de modo a deixar entender claramente o que queria, sem definir de quem queria, deixando em aberto todas as alternativas.
O líder desportivo pacense começou por informar que o “F.C. Paços de Ferreira tem neste momento propostas de um novo patrocínio”, para de seguida considerar a hipótese de um regresso ao passado, isto é, de o F.C. Paços de Ferreira voltar a ser patrocinado pela Capital do Móvel, passando a ostentar nas suas camisolas a marca do concelho, como o fez durante várias épocas a partir de 1998, num processo em que o Executivo de então desempenhou um papel relevante.
Paulo Meneses defendeu mesmo a ideia de que está na altura de “premiar os empresários de Paços de Ferreira, a quem não podemos ser ingratos, porque foram eles que sustentaram este clube em momentos tão maus, tão difíceis, mas que de certa forma ficaram à margem”, não se coibindo de fazer a sua “auto-crítica” “porque também lá estava” na altura em que o clube achava que “era rico e não precisar de ninguém”.
E para tanto, o líder desportivo pacense lançou o repto ao Executivo Municipal (que, reconhece não ter o poder de decidir, não indicando quem o tem) para influenciar (não explicitando, no entanto, quem deveria ser influenciado), alude a valores(não os concretizando, compreensivelmente), para novamente criar as condições para que o Paços de Ferreira pudesse neste ano e no primeiro jogo desta época voltar a ter “Capital do Móvel” na frente da camisola( se não fosse essa marca que fosse outra, mas que representasse o concelho”).

O líder desportivo pacense considera a hipótese de o F.C. Paços de Ferreira voltar a ser patrocinado pela Capital do Móvel


Esta intervenção de Paulo Meneses reveste-se de extraordinária importância, por várias razões.
A primeira remete para a questão do financiamento público, direto ou indireto, de atividades desportivas de caráter profissional, que está legalmente vedado.
Em segundo lugar traz à colação as inter-relações entre o tecido económico e o desporto: o tecido económico como financiador das atividades desportivas e da sua promoção e por seu turno o desporto como veículo publicitário das atividades económicas e da sua promoção, aqui surgem as palavras de Paulo Meneses de “premiar os empresários de Paços de Ferreira”.
(Serão os empresários a premiarem-se a si próprios, via patrocínio Capital do Móvel nas camisolas?)
Uma outra questão a levar em conta será o papel da Associação Empresarial de Paços de Ferreira, como representante do tecido empresarial pacense.
(Será ela a ser influenciada pela Câmara para convencer os seus associados a investir na publicidade das camisolas?)
Em resumo: A última questão será a de se saber quem é que, não podendo decidir ele próprio, deverá influenciar para entrar com o dinheiro do patrocínio, no fundo, quem é que irá patrocinar as camisolas com a Capital do Móvel e assim premiar os empresários de Paços de Ferreira.

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