18/02/2021, 1:06 h
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Os cogumelos são, há mais de dois mil anos, encarados na medicina tradicional chinesa como um alimento de elevadíssimo potencial terapêutico, sofrendo de alguma impopularidade devido a alguns casos de envenenamento e ao efeito alucinogénio de algumas espécies.
Porém, das mais de dez mil espécies de cogumelos conhecidas, apenas duas mil são comestíveis e menos de dez são industrializadas.
Ora, depois de efetuada a filtragem, há que reconhecer que este fungo é um autêntico prodígio nutricional.
Na sua essência, é constituído basicamente por água (mais de 90 por cento), fibra e proteína, algo que o torna bastante interessante na promoção da saciedade.
É significativamente mais rico em vitaminas do complexo B e minerais do que a maioria dos hortícolas e apresenta um assinalável papel antioxidante, sustentado pela sua riqueza em compostos fenólicos, tocoferóis e carotenos.
Tudo isto, em apenas 14 kcal por 100g nos cogumelos frescos.
Os cogumelos em conserva são menos interessantes, uma vez que, além de perderem algumas características organolépticas perdem, também, certas vitaminas e minerais sendo, ainda, “presenteados” com a adição desnecessária de sal.
Os efeitos terapêuticos, mais aliciantes e bem documentados deste fungo, derivam da sua ação ao nível do fortalecimento do sistema imunitário e da diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo.
Além destes, os cogumelos têm sido associados a muitos outros benefícios ainda sem grande evidência científica, tais como, diminuição da pressão arterial, prevenção da diabetes, efeitos antivirais e antibacterianos.
Para além da sua riqueza nutricional, o cogumelo é um alimento com uma enorme versatilidade culinária podendo ser utilizado em sopas, entradas, saladas, salteados, estufados, risotos, massas, entre outros, pelo que, estão reunidas todas as condições necessárias para usufruir ao máximo deste super alimento.
Mafalda Pacheco Pereira
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