21/06/2021, 10:19 h
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É, na minha opinião, a grande vencedora desta fase de grupos. Não pelos resultados, porque ninguém duvidava que fosse primeira do grupo.
Os adversários eram teoricamente acessíveis e a Itália fez os três jogos em casa, no Olímpico de Roma, enquanto os adversários jogavam a mais de 3000km, em Baku, capital do Azerbaijão.
A culpa da má organização do torneio não é dos italianos, que aproveitaram para deixar em campo uma boa imagem.
Quando se fala na seleção italiana, o primeiro pensamento é na Itália do catenaccio, uma equipa defensiva e pragmática.
Esta Itália não tem nada disso. Tem um Jorginho mais disciplinado a meio campo para que Barella e Locatelli tenham mais liberdade à sua frente e, no ataque, tem aquilo que se pretende numa equipa: complementaridade.
Não têm de jogar os onze melhores, mas sim os onze que se complementam melhor. E é isso que a Itália faz.
Outro dos pontos a favor desta seleção é não olhar a nomes ou a clubes na hora da convocatória ou de escalar o onze inicial.
Berardi e Locatelli jogam no Sassuolo e são titulares da seleção, à frente de nomes como Federico Chiesa, da Juventus, ou Marco Verratti, do PSG.
Roberto Mancini tem sido um ótimo gestor de recursos humanos. A Itália não tem uma estrela que concentre todas as atenções e o selecionador tem conseguido gerir o grupo de forma soberba.
No último jogo, já com a equipa apurada, alterou oito peças do onze, fez ainda entrar jogadores com poucos ou nenhum minuto (inclusive o guarda redes suplente, Sirigu) durante o jogo e, mesmo assim, venceu por 1-0.
Contas finais: 9 pontos, 7 golos marcados e 0 sofridos. Bom futebol, boa gestão de grupo e a squadra azzurra a dar sinais de força para a fase a eliminar.
Pedro Queirós
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