26/05/2021, 23:04 h
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“Assédio é todo o comportamento indesejado, fator discriminatório, que é praticado numa candidatura a emprego, no próprio emprego, ou cargos públicos, com o objetivo de perturbar e afetar a dignidade ou de criar um ambiente intimidativo, hostil, degradante, humilhante ou desestabilizador”
Quem nunca… Ouviu um - Olha gosto muito do teu cabelo! Hoje estás muito elegante! Ou vamos beber um copo, e mais além. Se não o fazes, podes procurar outro emprego.
Quem nunca ouviu – “fazes isto porque eu mando” ou “és pago para trabalhar e não para pensar” é chamado à atenção por qualquer erro nas suas funções, sim, porque só não erra quem não faz nada, e levar com berros de fundir os tímpanos a qualquer um – és burro, és um atrasado mental, e tantas outras palavras que além de ferir a dignidade do individuo, fere ainda a da sua família.
Ou então, “ – antes de dizer não, pensa que tens familia para alimentar! – Se queres ser alguém aqui, tens que fazer o que eu quero, ou então não vais a lado nenhum.
Quem nunca viu aquela organização que a obtenção de resultados, e impõem metas inatingíveis e submetem os trabalhadores a situações constrangedoras, que agridem não só a sua própria dignidade como de todo o ambiente de trabalho.
Quem nunca presenciou aquela pessoa que subiu na carreira, sabe-se lá porquê, porque as competências para o cargo que ocupa, até passaram por ela e andaram, mas está ali, ela manda, ela pode, ela exerce pressão sobre o subalterno, nada que ele faça é digno de um elogio, de mérito mas sempre de críticas, escarnio e reprovação.
Quem nunca teve aquele superior hierárquico que nunca valorizou o trabalho, feito digna e responsavelmente, mas no entanto lhe consegue roubar as ideias fazendo-as passar como se fosse suas.
Quer parecer-me que todas estas formas de assédio quer seja sexual, moral, organizacional e intelectual são praticadas por pessoas que eventualmente já foram vítimas. Pessoas de baixa auto-estima e com uma necessidade de afirmação enorme e que se escondem por tras de uma arrogância sem limites por forma de camuflar o seu “eu” mais perturbado.
Celina Pereira, Membro da Comissão Politica Concelhia do Partido Socialista
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