18/02/2021, 1:00 h
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Recentemente, alguns atores políticos, e posteriormente algumas forças políticas de vários quadrantes, vieram a público defender o adiamento das eleições autárquicas.
O PS, por sua vez, opôs-se ao adiamento das mesmas.
Havendo argumentos de ambas as partes sobre os quais vale a pena refletir, considero que a posição do Partido Socialista é a mais acertada pois, a questão que temos que colocar é se este adiamento se traduziria em alguma vantagem para a democracia.
Não creio!
Não há qualquer garantia que a situação pandémica esteja melhor em dezembro, bem pelo contrário.
É, pois, bem provável que até possa estar mais favorável no fim do verão com 70% de Portugueses vacinados, com um previsível bom tempo, com a maioria das pessoas já regressadas das férias possíveis e, sem a gripe sazonal à mistura, do que em dezembro, com a probabilidade acrescida de serem marcadas as eleições num dia de muito mau tempo, que desmobilize a população de ir votar.
Por outro lado, se numa altura de inverno, no meio de um “pico” da pandemia, houve espaço e condições para haver campanha eleitoral e consequentes eleições Presidenciais, qual a razão para não haver agora eleições autárquicas num tempo em tudo diferente, para melhor?
E quando muitos dos que defendem as eleições em dezembro, por considerarem que as autárquicas são, por excelência, umas eleições de proximidade, com necessidade dos candidatos percorrerem as ruas e as casas dos seus eleitores, sendo este argumento verdadeiro, também é verdade que esta proximidade não está garantida em dezembro, com a quase certeza de um aumento dos números de COVID 19 nessa altura, espera-se que residual, e com condições climatéricas, que obrigarão a fazer uma campanha à chuva e ao frio.
Por fim, as redes sociais vieram, como nunca, aproximar as pessoas e facilitar a relação entre eleitos e eleitores, podendo compensar, em parte, esta falta do contacto direto.
Não é a situação ideal, pois não, e quando a teremos?
A Presidente da Concelhia do PS de Paços de Ferreira
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