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Gazeta Paços de Ferreira

04/11/2024, 0:00 h

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Vamos falar de Investimentos? – parte IV

Economia Opinião

OPINIÃO

Neste 4º artigo subordinado aos investimentos, vamos falar sobre ETF’s.

Por Raquel Silva (Economista)

 

LITERACIA FINANCEIRA

 

 

Ao contrário de outros produtos falados em artigos anteriores, este já não é um produto de capital garantido. No entanto, vale muito a pena aumentar o nosso conhecimento sobre os ETF’s ,porque são um excelente produto financeiro e têm ganhado destaque como uma das opções de investimento mais populares entre os investidores.

 

 

Os ETF’s (Exchange Traded Funds) são fundos de investimento negociados em Bolsa (comprados/vendidos em Bolsa, como se de uma acção se tratasse). São produtos de gestão passiva, ou seja, não consomem muito tempo aos seus investidores nem exigem que seja feito a todo o tempo um acompanhamento de perto da sua evolução.

 

 

Existem diferentes tipos de ETF’s, sendo os mais comuns:

 

1) ETF’s de Índice (fundos de índices cotados): seguem e replicam o comportamento de índices de acções nacionais ou internacionais, como o português PSI-20 ou o S&P 500 dos Estados Unidos, ou até o índice global MSCI World.

 

2) ETF’s de obrigações: replicam o comportamento de obrigações que podem ser governamentais, empresariais e municipais. Podem proporcionar rendimentos estáveis e potencial protecção contra a volatilidade do mercado de acções.

 

3) ETF’s de commodities (matérias-primas): acompanham o desempenho de mercadorias físicas, como ouro, prata ou o petróleo. Oferecem aos investidores exposição a commodities sem a necessidade de comprar e armazenar os produtos físicos (ou seja, nem a necessidade de comprar garrafões de petróleo ou comprar barras de ouro, por exemplo).

 

4) ETF’s sectoriais: concentram-se em sectores específicos como tecnologia, saúde, energia sustentável, entre muitos outros. Permitem aos investidores aceder a oportunidades de investimento em sectores específicos sem a necessidade de seleccionar acções individuais.

 

 

 

 

5) ETF’s de moeda: investem em moedas, tais como o dólar ou o euro. Podem ser uma ferramenta de diversificação e de protecção contra a volatilidade cambial.

 

6) ETF’s de geografia: investem com o propósito de estar exposto a uma geografia ou região específica (um determinado país, por exemplo).

 

7) Existem ainda ETF’s globais que investem em todo o mundo; permitem diversificar as carteiras de investimento e encontrar oportunidades de investimento em mercados específicos ao redor do globo.

 

 

Nos ETF’s, a respectiva carteira é simplesmente uma cópia de um índice bolsista. É a já mencionada gestão passiva. A cotação do ETF acompanha muito de perto a evolução do índice subjacente.

 

 

Explicado de uma forma mais simples… O ETF é como se fosse uma pizza. O S&P500 é um índice bolsista dos Estados Unidos, composto pelas 500 maiores empresas desse país. Ao comprar uma unidade de um ETF que replica o S&P500, é como se estivesse a comprar uma pizza de 500 mini-fatias, em que cada uma das fatias representa cada uma dessas 500 empresas (no entanto, essas fatias são de diferentes tamanhos, porque quanto maior a empresa, maior a “respectiva fatia”.)

 

 

No próximo artigo, vamos continuar a falar de ETF’s e explicar algumas das suas vantagens.

 

 

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