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Gazeta Paços de Ferreira

07/10/2024, 0:00 h

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Vamos falar de Investimentos? – parte III

Economia Opinião

OPINIÃO

No artigo anterior, falámos de produtos financeiros com capital garantido e, em especial, dos Depósitos a Prazo. Hoje vamos falar sobre mais 2: os Certificados de Aforro/Tesouro e é a conta remunerada da Trade Republic.

Por Raquel Silva (Economista)

LITERACIA FINANCEIRA

 

 

O primeiro, e sobejamente conhecido (e popular) entre os portugueses, são os Certificados de Aforro/Tesouro. Como mencionado no artigo anterior, (1) são títulos de dívida do Estado Português e, ao subscrevê-los, está a emprestar dinheiro ao Estado; e (2) o risco de um país ir à falência é muito menor do que o risco de um qualquer banco ir à falência e, no entanto, todos nós temos uma (ou mais) conta(s) no banco.

 

 

Há algumas pequenas diferenças entre os Certificados de Aforro (CA) e os Certificados do Tesouro (CT), mas são em geral produtos muito semelhantes.

 

 

Pode abrir uma conta de aforro na Internet ou então abri-la num balcão de uma qualquer agência dos CTT (não confundir com “Banco CTT”; é mesmo no balcão dos correios, onde vai enviar as suas cartas ou levantar a reforma, por exemplo).

 

 

Em ambos, além da taxa de juro recebida, há um prémio de permanência a partir do 2º ano. Duas das diferenças: o prazo (15 anos nos CA e 7 anos nos CT; mas pode levantar o dinheiro antes, naturalmente) e a mobilização (nos CA só pode levantar o dinheiro a partir de 3 meses e nos CT a partir de 1 ano.)

 

 

Outro produto de capital garantido muito falado hoje em dia em Portugal é a conta remunerada da Trade Republic.

 

 

A Trade Republic (TR) é um banco alemão (vale a pena lembrar que, como em qualquer banco português, os depósitos bancários lá estão abrangidos pelo Fundo de Garantia de Depósitos e, até 100.000 euros, estão protegidos. Ou seja, é um produto de capital garantido até esse valor).

 

 

 

 

Como funciona? Basta apenas descarregar a app da TR (não fique desconfiado do facto de ter de descarregar uma app; afinal, qualquer banco em Portugal hoje tem a sua própria app ou homebanking), abrir lá conta, enviar para esta nova conta dinheiro (o valor que entender) a partir da sua actual conta bancária e obterá juros pelo dinheiro lá depositado e que esteja parado, simplesmente.

 

 

Pode, a qualquer momento, fazer o inverso: transferir dinheiro da TR para a sua conta portuguesa.

 

 

À data a que escrevo este artigo, e para clientes portugueses, esse dinheiro está a ser remunerado a 3,5%/ano (houve duas descidas muito recentes dessa taxa de juro, em virtude do próprio Banco Central Europeu ter cortado nas taxas de juro) e o banco não investe o nosso dinheiro em produtos de risco (já com clientes alemães a situação é um pouco diferente, mas em Portugal são essas, actualmente, as condições. Nada impedindo, contudo, que se alterem no futuro.).

 

 

A grande desvantagem é que não há um balcão físico aonde se dirigir, é tudo online; ou seja, será um produto para pessoas mais à-vontade com tecnologia.

 

 

Se desejar obter um cartão de débito físico, através do qual pode pagar toda e qualquer despesa (como faz com o cartão do seu próprio banco português), também é possível. É só pedi-lo na app e, em alguns dias, ele chega a sua casa.

 

 

Outro produto também muito falado e muito popular, são os ETF’s. Sobre este, e outros produtos, já sem capital garantido, falarei noutro artigo.

 

 

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