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Gazeta Paços de Ferreira

09/09/2024, 0:00 h

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Vamos falar de Investimentos? – parte II

Economia Opinião

OPINIÃO

No último artigo, falámos sobre Investimentos e terminei a referir que cada um deve saber qual é o seu perfil de investidor.

Por Raquel Silva (Economista)

LITERACIA FINANCEIRA

 

 

Para saber isso, há muitas variáveis a ter em conta. Há testes na Internet que podem ajudá-lo a perceber qual é o seu perfil; este pode ser um de três: 1) conservador ou prudente (para quem é avesso ao risco e procura investimentos com capital garantido mas aos quais, logicamente, pode estar associada uma menor rentabilidade); 2) equilibrado ou moderado (quem tem preferência por produtos com capital garantido, mas já está disposto a assumir algum risco e alguma volatilidade; 3) arrojado ou dinâmico (um investidor disponível tanto para investir a médio e longo prazo, como para suportar oscilações nos preços dos produtos e assumir o risco de perda do capital investido). Este é o passo 0 dos investimentos.

 

 

Mas, e depois, quais os passos seguintes?

 

 

A 1ª coisa a saber a seguir é que não há, no mundo, investimentos com risco 0. Nem os Depósitos a Prazo (DP) nem os Certificados de Tesouro/Aforro têm risco 0. No entanto, há outra coisa importantíssima a saber: se mantiver o seu dinheiro parado (seja no colchão, seja num Depósito à Ordem) o risco não é 0, é 100%! Vai, garantidamente, perder dinheiro para a inflação. Apesar de não terem risco 0, as opções que eu mencionei anteriormente têm risco muitíssimo próximo de 0: são produtos com capital garantido e, como tal, adequados a quem tem um perfil de investidor Conservador. Basta pensar, por exemplo, que os Certificados de Tesouro/Aforro são títulos de dívida do Estado. Qual o risco de um país ir à falência? Muitíssimo menor certamente do que o risco de um qualquer Banco ir à falência e, no entanto, todos nós temos uma (ou mais) conta(s) no Banco e até de produtos diferentes (Depósitos à Ordem e Depósitos a Prazo, por exemplo).

 

 

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No entanto, mesmo no segmento de produtos com baixíssimo risco e capital garantido, há uma imensidão de opções. Se tem preferência por Depósitos a Prazo, verifique (ou informe-se no seu Banco) qual a sua taxa de juro. Actualmente, como muitas pessoas estão a procurar outras alternativas aos DP, vários Bancos têm subido as taxas de juro a que remuneram esses depósitos. Mas, se o seu DP já é antigo, muito provavelmente vai ter que transferir esse dinheiro para um novo DP (pode ser no mesmo Banco) para já ter essas novas taxas mais simpáticas. Não é um processo complicado, implica apenas perder talvez 1 hora na sua agência bancária, mas vale a pena. Ainda assim, há que considerar algumas coisas, por exemplo, quanto tempo demora para esse dinheiro ser mobilizável (ou seja, daqui a quanto tempo pode mexer no dinheiro); em muitos DP, esse prazo é 6 meses, já nos Certificados de Aforro é 3 meses. Se acha que pode vir a precisar do dinheiro no curto prazo, faça esse DP ou Certificado com apenas parte do dinheiro que quer investir; daqui a 3 ou 6 meses, pode investir o resto, porque já pode mexer no dinheiro que depositou 3 ou 6 meses atrás, se precisar.

 

 

No próximo artigo, continuaremos a falar sobre este assunto. Até lá!

 

 

 

 

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