17/12/2021, 0:00 h
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Estamos prestes a entrar nas férias escolares de Natal, que este ano serão prolongadas mais uma semana. Em vez das escolas reabrirem a 3 de janeiro, abrirão dia 10, uma semana depois. Esta semana de férias letivas será compensada retirando a interrupção do Carnaval e três dias na pausa da Páscoa.
Pelo que fui lendo, a comunidade escolar não ficou muito agradada com esta alteração do calendário escolar. Consideram que tanto docentes como alunos necessitam de pausas para recarregar energias. Enquanto profissional da educação considero que, de facto, isso é necessário. Torna-se visível que, no final de cada período, alunos e professores revelam cansaço.
A questão que se coloca é: faz falta recuperar esta semana de aulas? Do meu ponto de vista, não. Tal como não fez sentido nenhum prolongar o calendário escolar até Julho no ano letivo anterior, até porque percebemos que pouco ou nada se ganhou quanto à recuperação das aprendizagens.
O que fazer então? Não podemos alterar o calendário aprovado pelo governo, mas podemos, enquanto professores, decidir como vamos rentabilizar o tempo, minimizando o cansaço dos elementos da comunidade escolar.
Desafio a que os professores e as escolas sejam criativos: criem dias abertos, com atividades mais lúdicas, dinamizem atividades que fujam à rotina, saiam das salas, das escolas, usem e abusem dos espaços exteriores…sejam aventureiros.
É certo que são necessárias pausas principalmente para os miúdos. Pensando neles, espero que lhes seja reconhecido o direito a essas pausas…e que não venham agora carregados ainda com mais trabalhos porque vão ter mais uma semana de férias.
Há muito tempo que batalho e rebato a carga a que os alunos são sujeitos após o horário letivo, seja em trabalhos de casa ou, ainda pior, de férias.
Resumindo, considero que não se perde nada por haver mais uma semana de férias agora. Aplaudo que não se faça ensino à distância, pois há tempo suficiente para desenvolver as aprendizagens necessárias ao longo do ano e no contexto privilegiado para o efeito: o presencial.
Desafio os profissionais a dinamizarem atividades mais lúdicas, menos pesadas, sempre que sintam que os alunos precisem delas e, provavelmente, irão precisar mais para o final dos períodos.
Mas apelo também a que respeitem as férias dos alunos até porque ninguém gosta de trabalhar nas mesmas e o descanso é necessário para todos.
Desejo a todos um Santo e Feliz Natal e que 2022 seja um ano de retorno à tranquilidade na sociedade em geral e, em especial, nas escolas pois estas não podem ser gaiolas…urge recuperar a socialização em pleno pois a saúde mental e outros valores estão seriamente comprometidos com a pandemia.
Rosário Rocha
TRABALHO DE CASA
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