11/04/2024, 0:00 h
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EDITORIAL
EDITORIAL
Iniciaram-se as comemorações do 50º aniversário do 25 de Abril, data em que o Movimento dos Capitães restituiu a Liberdade ao Povo Português, sequestrado, durante longos 48 anos, por um regime ditatorial sob a égide de António de Oliveira Salazar e de Marcelo Caetano.
Rapidamente o que se apresentava como uma revolta militar, depressa se transformou numa revolução, pela actuação de forças sociais e políticas, que durante esses longos anos nunca abdicaram da luta pelas liberdade e direitos do povo português e pelo seu progresso económico e social, tantos deles com o sacrifício da própria vida.
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É óbvio que, depois da festa, foram surgindo as contradições inerentes aos processos sociais e políticos, sendo da superação dessas contradições, dessa luta que se foi criando o Portugal que hoje vivemos, com novas contradições, que requerem a nossa intervenção permanente.
As actuais comemorações não são, assim, apenas festas, mas etapas dessa luta por um Portugal melhor, num tempo em que se justifica uma intervenção redobrada pela afirmação dos direitos e liberdades conquistadas, a contrapor à dinâmica, cada vez mais forte das forças sociais, económicas e políticas derrubadas em Abril.
São inegáveis as conquistas do povo português conseguidas ao longo deste processo político iniciado há cinquenta anos.
Pelo seu carácter emblemático e efeitos positivos na vida das pessoas, chamemos a atenção para a Educação, comparando, muito ao de leve, o que existia antes, no nosso concelho, com o que passou a existir depois.
Na Educação, outrora, para além da escola primária, os jovens não tinham, na sua esmagadora maioria, acesso a outros graus de ensino – só estudavam os ricos.
Em Paços de Ferreira, havia apenas um colégio privado, para o ensino secundário, apenas até ao 5º ano (actual 9º ano).
Apenas havia liceus, a leccionar até ao 7º ano (actual 11º ano), aqui nas redondezas, no Porto, Guimarães e Braga, o que implicava despesas de frequência com alojamento.
Tudo isto era inacessível aos filhos da esmagadora maioria das famílias do concelho – só estudavam os filhos das famílias ricas, com uma ou outra excepção.
Imperava o analfabetismo.
Compare-se com o que existe atualmente, cá no concelho, em estabelecimentos escolares, número de alunos, gratuitidade de frequência das aulas, transportes e almoços.
(Não valerá a pena lutar para que estas “regalias” continuem?)
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