11/11/2023, 0:00 h
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Opinião Opinião Politica Partido CDS/PP
OPINIÃO POLÍTICA
Por Óscar Leal (Militante do CDS de Paços de Ferreira)
OPINIÃO POLÍTICA
Para além de todos os infelizes acontecimentos, que têm assolado o mundo inteiro, guerra na Ucrânia, guerra em Israel, os juros, que não descem, os produtos todos os dias mais caros etc, etc, etc, temos, a nível interno, a greve dos médicos.
Não queremos ser muito incisivos quanto aos méritos da referida greve e com certeza terão alguns pontos de razão para a fazerem. No entanto, temos muita dificuldade, quando uma qualquer classe quer ganhar mais e trabalhar menos.
Claro que seria o ideal, não só para os médicos, mas para todas as pessoas, mas isso só num mundo ideal, que não é, de certeza, o nosso mundo.
Estaremos enganados, ou as duas principais reivindicações dos médicos são a semana de 35 horas e aumentos salariais de até 30%?
Há uma terceira reivindicação, que tem a ver com as horas extraordinárias, mas essa é menos relevante.
Como estávamos a dizer, a isso se chama querer ganhar mais trabalhando menos.
Não podemos pactuar com situações deste tipo, seja com quem for.
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Claro que, no meio disto tudo, existem médicos e médicos. Existem os que trabalham e aqueles que vão passando ao lado … do trabalho.
Pensamos já ter falado no assunto, mas, quando vemos os médicos dos centros de saúde, ficamos, sempre, com a sensação de que pouco fazem.
Ao abrigo de terem muitos doentes como médicos de família, marcam consultas com diferimento de seis, ou mais meses, mesmo para quem necessita. Agora até acontece algo extraordinário, que é o médico prescrever exames e, depois de efectuados, o doente não poder mostrá-los ao médico de família, em tempo útil, porque só tem consulta novamente daí a seis meses e, se for a uma consulta “aberta” o mesmo médico não pode, ou não quer ver, os exames que ele próprio prescreveu.
Acham isto normal?
As consultas nos centros de saúde servem normalmente para duas coisas: prescrever exames e prescrever medicamentos. São consultas donde, invariavelmente, os doentes saem de lá com P1 para exames ou receitas para medicamentos. Assim se explica que, quando alguém está doente, só tem uma solução, que é ir para o hospital, sujeitar-se a esperar oito ou 10 horas, mas ser atendido pelos poucos médicos, que ainda trabalham nas urgências dos hospitais.
Pode parecer que estamos a defender o governo do PS, mas não é isso que acontece. Não podemos é, unicamente por questões ideológicas, não denunciar o que parecem ser reivindicações absolutamente irrealistas de uma classe, que, na sua generalidade, é privilegiada.
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