19/01/2023, 0:00 h
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Foto arquivo
A escolha do novo selecionador nacional acabou por desiludir. Desiludiu os mais patrióticos, porque à frente da equipa, que representa o país, estará um espanhol; desiludiu os mais sonhadores, porque, desde o início, o nome de José Mourinho foi bastante associado ao cargo; desiludiu os mais clubistas, porque estes queriam alguém ligado ao seu clube como selecionador.
Eu estava no grupo dos sonhadores e, portanto, acabei desiludido também. Numa fase em que a seleção parece enfrentar alguns problemas, a chegada de José Mourinho iria colocar alguma ordem na casa. Trata-se de uma pessoa respeitada, com grande estatuto e com provas dadas na gestão de egos.
Talvez este seja o ponto de maior discordância para a contratação de Roberto Martínez: sai de uma Bélgica completamente dividida em termos de balneário e onde o treinador não foi capaz de promover uma renovação da equipa. Desportivamente, não passou da fase de grupos do último mundial, o que não ajuda a elevar o otimismo.
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Contudo, tem pontos positivos. As suas equipas nunca jogaram da mesma forma, ou seja, não é um treinador preso a um sistema tático e mostra capacidade de se adaptar ao plantel que tem. Acima de tudo, e tendo em conta a mentalidade futebolística a que estamos habituados, não é um treinador ligado a nenhum dos três grandes.
Assim, está, à partida, afastado de qualquer teoria da conspiração a que o queiram associar. Quanto à nacionalidade, não vejo qualquer problema em não ser português.
Para alguém da minha idade, o período em que os portugueses mais estiveram próximos da seleção foi na era Scolari. Fernando Santos ganhou títulos e não tinha o apoio que o brasileiro conseguiu.
O que falhou na chegada de Roberto Martinez foi o timing. De resto, merece o benefício da dúvida. Tem nas mãos uma das melhores gerações de sempre.
Pedro Queirós
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