26/10/2024, 11:08 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Mafalda Monteiro (Militante do Partido Socialista Paços de Ferreira)
Até ao final de 2024, prevê-se que cerca de 4 milhões de palestinianos estarão a viver abaixo do limiar da pobreza. Este cenário alarmante reflete o impacto devastador de anos de conflito, restrições económicas e sociais, além de limitações ao acesso a serviços básicos e oportunidades de emprego. A deterioração contínua das condições de vida, especialmente em Gaza e na Cisjordânia, agrava ainda mais a vulnerabilidade da população, exigindo uma resposta urgente da comunidade internacional para mitigar esta crise humanitária iminente.
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) afirmou que o impacto da guerra causou grandes reveses na região. A agência da ONU alertou que se as restrições económicas não forem levantadas, o povo palestiniano não conseguirá recuperar a economia e dependerá totalmente apenas da ajuda humanitária.
Uma avaliação realizada pelo PNUD, em colaboração com a Comissão Económica e Social das Nações Unidas para a Ásia Ocidental, indicou que a pobreza enfrentada pelos palestinianos aumentará para 74,3% em 2024, o que afetará 4,1 milhões de pessoas. Entre estes, 2,6 milhões são pessoas que antes não se encontravam nestas circunstâncias.
As projeções confirmam que, além do sofrimento imediato e da terrível perda de vidas humanas, está também a desenrolar-se uma grave crise de desenvolvimento que coloca em perigo o futuro dos palestinianos nas gerações futuras.
A avaliação indica que mesmo que a ajuda humanitária seja prestada todos os anos, a economia não será capaz de regressar ao nível anterior à crise durante uma década ou mais.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) poderá diminuir nestas áreas para níveis nunca vistos. Em Gaza, o IDH deverá descer para 0,408, nível estimado para o ano de 1955, apagando mais de 69 anos de progresso.
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