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Gazeta Paços de Ferreira

07/01/2024, 0:00 h

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Para a frente é que é caminho…

Opinião Ricardo Neto

OPINIÃO

Hoje, 500 anos depois de Camões nascer, 400 anos depois de António de Andrade chegar ao Tibete, e 50 anos depois do 25 abril, o povo português viu Chegar-se a si, um denso nevoeiro bafiento, que o tenta convencer a caminhar para trás de encontro aos tempos da intolerância, da ignorância, da censura e do ódio, que não deviam criar saudade, mas apenas repulsa!

Por Ricardo Jorge Neto

OPINIÃO

 

 

Portugal, a nossa amada pátria, nasceu porque um dia, um filho quis desobedecer à sua mãe, não para garantir privilégios a um amigo, mas porque quis construir este país. De todos os povos ibéricos, somos o único que se tornou independente do reino dominante na península, e tudo foi possível, porque Afonso Henriques nunca temeu os inimigos, e foi em frente, a caminho dos Algarves! Conquistados os Algarves, Portugal lançou-se aos mares, mesmo contras as vozes do Restelo, hoje muito em voga nas caixas de comentários das redes sociais! As corajosas caravelas adentraram o mar, e foram descobrir o mundo, que afinal não era plano, nem o diabo apareceu na esquina do horizonte! Esta epopeia lusitana seria depois imortalizada, em versos decassílabos, por um homem que nasceu há 500 anos atrás, Luís de Camões. Mas para os Lusíadas chegarem até nós, foi preciso que Camões nunca recuasse no seu desígnio! Mesmo quando naufragou, na aflição salvou os seus cantos, e seguiu em frente (já a sua uma namorada chinesa afogou-se… segundo contam algumas lendas).
 

 

Também há 400 anos atrás, e desta vez por terra, o padre António de Andrade acompanhado do padre Manuel Marques, tornaram-se os primeiros ocidentais a chegar ao Tibete. A viagem foi realizada a pé, percorrendo o norte da India até ao Tibete, por entre ‘desertos brancos’ e caminhos intransponíveis, levando os seus corpos ao extremo! Mas a Fé em Deus, e o querer encontrar novos reinos, levou-os a superar tudo, alcançando as terras dos Dalai Lamas.

 

 

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Beneficiando da tolerância do rei local para com os estrangeiros, um bom exemplo para muitos políticos de hoje, António de Andrade construir a primeira igreja cristã nos Himalaias. Este espírito de coragem, também se apoderou dos militares de Abril há 50 anos atrás. Naquela madrugada de 25 de abril, a coluna saída de Santarém, encheu-se de valentia, e ousou fazer frente ao tirano! A fé na liberdade e a necessidade de colocar Portugal no caminho da prosperidade, saindo do isolamento internacional, fizeram com que Salgueiro Maia não recuasse um milímetro no Carmo!
 

 

Hoje, 500 anos depois de Camões nascer, 400 anos depois de António de Andrade chegar ao Tibete, e 50 anos depois do 25 abril, o povo português viu Chegar-se a si, um denso nevoeiro bafiento, que o tenta convencer a caminhar para trás de encontro aos tempos da intolerância, da ignorância, da censura e do ódio, que não deviam criar saudade, mas apenas repulsa! Portugal viverá um ano de eleições, e todos iremos decidir qual o próximo rumo. Por vezes é difícil ver qual é o melhor caminho, mas é fácil ver que… para trás… para trás não! O povo diz que em frente é que é o caminho, prova-o a nossa História e a nossa alma, por isso… sigamos em frente, sim!

 


 

 

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