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Gazeta Paços de Ferreira

08/07/2022, 0:00 h

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“O teto cobre muita coisa”

Opinião Opinião Politica Partido Socialista

Às vezes achamos que é normal ouvir entre marido e mulher, entre irmãos ou mesmo de pais para filhos, expressões do género:
“Não fazes nada de jeito! Nem para isto serves! És um falhado (a), és um estúpido (a), toda gente sabe que não prestas, metes-me nojo”.

Se falamos em violência doméstica, pensamos logo que é só bater em mulheres.

Sobre isso muito haveria muito a dizer, no entanto, face ao franco aumento de divórcios nos últimos tempos, fez-me refletir sobre a violência psicológica e emocional.

Sim essa, regra geral é passada ao lado e muitas vezes causa danos tão ou mais preocupantes que mesmo a violência física. Quantas vezes ouvimos dizer: “preferia levar um estalo, a ouvir isto ou aquilo”.

Às vezes achamos que é normal ouvir entre marido e mulher, entre irmãos ou mesmo de pais para filhos, expressões do género:

“Não fazes nada de jeito! Nem para isto serves! És um falhado (a), és um estúpido (a), toda gente sabe que não prestas, metes-me nojo”.

Ou o ficar em silêncio só para irritar o outro, a humilhação em público, em privado. Ui, tanto haveria a dizer sobre este tipo e comportamentos, que afetam psicológica e emocionalmente qualquer pessoa!

Por isso, temos tanta gente depressiva, a abusar do álcool, de drogas, a sofrer sozinha, e quantas vezes chegam a atitudes mais drásticas, chegando até a matar a si mesmo ou o outro.

Mas, curiosamente, eu tenho observado um comportamento de filhos para pais, que não consigo compreender:

 - A forma em como os filhos exercem violência, quer física quer psicológica, para com os pais e a sociedade vê isso normal.

Vemos bebés a bater nos pais e estes ainda acham graça.

Vemos as crianças a fazer uma birra, porque querem qualquer coisa que não devem, e os pais ainda lhe pedem desculpa.

Há uma coisa que me irrita profundamente: é ver os filhos a corrigir os pais, se estes dão erros ortográficos ou dizem alguma coisa que é menos certa, com frases do tipo: “és um burro, não entendes nada disto, só me fazes passar vergonha”.

Onde vamos parar com este sentido invertido de valores, onde este tipo de comportamento é considerado normal, e, por outro lado, um pai não pode levantar a voz ao menino, porque tem medo de ser julgado por isso? Porque será que um estalo dado pelo pai, na hora certa, é condenável, e o filho ser agressivo e indelicado com o pai é normal?

Pois é! Assim mesmo que começa a violência!

Celina Pereira, Membro da CP de Paços de Ferreira do Partido Socialista

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