13/04/2023, 0:00 h
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Desporto José Neto Comentário Desportivo
EXERCÍCIO E ATIVIDADE FÍSICA (40)
José Neto
Como sabemos, a pressão sanguínea está condicionada pela força do bombeamento do coração e a capacidade das artérias que transportam o sangue às diferentes partes do corpo.
Com um estilo de vida inadequado (sedentarismo, álcool, tabaco, alimentação, stress) … anexando o fenómeno do envelhecimento, há tendência para as artérias endurecerem e estreitamento do seu diâmetro interno, devido ao depósito de matérias gordas, perturbação que designa por arteriosclerose. Quando uma dessas artérias é bloqueada, e por consequência a insuficiência de flexibilidade para realizar dilatação em cada batimento, conduz a elevada pressão sistólica e diastólica, cuja rigidez pode resultar consequências graves para o coração.
Em regra, a pressão sanguínea situa-se nos 120 mm Hg (milímetros de mercúrio). Com a pressão arterial elevada, 2 ou 3 ou mais valores, poderão ver-se aumentados.
Também, como regra, a idade condiciona um ligeiro aumento dos valores. Diz-se mesmo que a pressão arterial (máxima sistólica), deverá situar-se nos valores de 100, mais a idade do indivíduo e a mínima (diastólica), somando 20 a metade do valor encontrado com a máxima.
A informação clínica nos refere que, quanto mais baixos forem os valores encontrados, melhor para a saúde. Caso contrário, quanto mais altos, mais força tem o coração para bombear o sangue e daí uma maior possibilidade de se originarem dores de cabeça, deterioração do estado de visão e mesmo a possibilidade de ocorrência de enfarte.
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A prática do exercício e da atividade física, insere-se claramente no grupo de estratégias a adotar para a prevenção e tratamento da hipertensão arterial, apresentando como medidas não medicamentosas: o controlo do peso, a limitação de ingestão alcoólica e do sal, a redução de gorduras saturadas, o abandono de tabaco e combate ao stress.
Em termos genéricos, no trabalho a realizar, deverá constar a base de aerobiose (presença de oxigénio como fonte energética). Exemplo: caminhadas; corrida muito lenta, intervalada com marcha; ciclismo ou uso de bicicleta estática, nunca ultrapassando os 60% do ritmo cardíaco máximo (cuja base teórica como já referimos anteriormente se encontra em 220 menos a idade); natação e atividades aquáticas; exercitação com pesos muito leves (nunca ultrapassando os 30 % da força máxima, realizando 6 a 10repetições com intervalos de 30 segundos entre as séries.
Dado os caos de gravidade que neste âmbito têm surgido nos praticantes do exercício físico, chamo a atenção para o acompanhamento duma validada avaliação e acompanhamento médico, para que não sofra eventuais surpresas colocando em perigo a saúde e a própria vida.
Obs Na próxima edição irei dedicar a atenção para o tema do Exercício e Atividade Física na Reabilitação Funcional.
José Neto: Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador.
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