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Gazeta Paços de Ferreira

24/11/2024, 0:00 h

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NEGLIGÊNCIA SOLTEIRA

Opinião Opinião Politica Partido CDS/PP

OPINIÃO POLÍTICA

Mais uma vez somos notícia pelas piores razões. Talvez por causa da greve do INEM, tenham morrido pessoas.

Por Óscar Leal (Militante do CDS de Paços de Ferreira)

 

Nos últimos dias temos sido inundados de más notícias, quer em Portugal, quer no mundo.

 

 

No mundo são notícias já conhecidas. Quase todas más e nenhuma, que nos lembremos, boa.

 

 

Vamos focar-nos em Portugal. Mais uma vez somos notícia pelas piores razões. Talvez por causa da greve do INEM, tenham morrido pessoas. Ou seja, talvez por causa de atrasos do INEM, algumas pessoas tenham morrido, que, se a assistência pedida tivesse chegado atempadamente, eventualmente, essas pessoas estariam vivas.

 

 

Já ouvimos falar em 11 pessoas, 10 pessoas e as últimas notícias davam conta de que o MP estaria a investigar sete (?) mortes nestas circunstâncias.

 

 

É irrelevante o número.

 

 

Podia ser uma pessoa e estaríamos aqui a questionar a situação.

 

 

Sabemos que, neste momento, é de alguma forma prematuro termos certezas, já que tudo está sob investigação, mas há algumas coisas que podemos afirmar com razoável certeza.

 

 

Com tantas pessoas, que morreram e que solicitaram assistência ao INEM, não acreditamos que nenhuma delas pudesse ser salva com a devida assistência atempada. Diríamos que é quase uma impossibilidade isso acontecer. Basta uma para que a situação seja inaceitável.

 

 

Assim sendo, temos a pergunta fundamental que é: de quem é a responsabilidade?

 

 

 

 

Muito provavelmente, as responsabilidades terão de ser repartidas entre o próprio INEM e o Governo. Sim, o Governo que deixa que situações destas em Portugal aconteçam.

 

 

É deste governo que falamos: AD.

 

 

Não temos dúvidas que o problema do INEM já vem de trás. Falamos dos 8 anos do Governo PS, mas eles já lá não estão e quem está hoje no poder é a AD e é a eles que devemos exigir responsabilidades. Claro que a ministra já se devia ter demitido ou ter sido demitida.

 

 

Não interessam as investigações em curso para definir essa demissão. Muitos (alguns) dizem que “… não vale a pena a ministra demitir-se, pois o que é importante são as políticas, não as pessoas; e se houver demissões, mas não alterarem a política tudo fica na mesma …”.

 

 

Não concordamos.

 

 

A verdade é que, nestas situações, existem, pelo menos, duas partes importantes e relacionadas: as pessoas (leia-se a ou os ministros) e as políticas.

 

 

Ou seja, se nada for feito, essas duas partes do problema continuam, mas se a ministra se demitir, muito provavelmente 50% do problema fica resolvido.

 

 

Mais importante, todos ficamos a saber que a negligência não pode em circunstância alguma morrer solteira. Mais ainda quando se trata de pessoas que podem (?) ter morrido por falta de assistência.

 

 

Que país é este que, em 2024, deixa acontecer estas situações?

 

 

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