10/02/2024, 0:00 h
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OPINIÃO
Por João Paulo Carvalho
OPINIÃO
O Movimento 6 de Novembro, criado em fevereiro de 2008 com o objetivo de defender os interesses dos habitantes de Paços de Ferreira em relação ao preço da água e saneamento, protagonizou uma luta bem estruturada, fundamentada em várias manifestações e exigências.
Ao longo dos últimos 10 anos e quatro meses, a Câmara Municipal de Paços de Ferreira iniciou o processo de rescisão do contrato com a empresa Águas de Paços de Ferreira (AdPF) “por justa causa” com o objetivo de trazer de novo à esfera municipal a gestão da água e do saneamento no concelho pela anulação de contratos.
No entanto, surge agora uma possível mudança de rumo, sugerindo a hipótese de um acordo para renovação do contrato de exploração em mais 15 anos, fazendo acreditar que é o melhor para o concelho.
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A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) recomenda um aumento de pelo menos 3,3% nos preços do serviço em alta para 2024. Contudo, a análise da DECO PROTeste revela que Paços de Ferreira se destaca ao registar uma subida de 35,5% nas tarifas de água e saneamento, desviando-se da recomendação da ERSAR de aplicar uma tarifa de disponibilidade autónoma da tarifa variável.
A pergunta "Onde andas, Movimento 6 de Novembro?" paira no ar, questionando a razão da atual inatividade. Surge a reflexão sobre se todas as lutas passadas já não fazem sentido, especialmente quando o resultado final da fatura de água e saneamento se torna mais caro para o consumidor final. Sublinha a importância de manter a visão crítica diante das mudanças e desafios que afetam a comunidade pacense.
Com estes sucessivos aumentos de preços que temos vindo a sofrer, é de admirar o silêncio por parte da Câmara Municipal e do seu presidente... desistiram da luta?
Ser cego não é não ver, mas sim recusar ver.
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