07/12/2024, 12:18 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Mafalda Monteiro (Militante do Partido Socialista Paços de Ferreira)
O anúncio de 20 milhões para comprar 600 veículos, medida tomada pelo último governo PS, para as polícias é uma boa notícia, mas competia à ministra da Administração Interna.
A proclamação de que "Portugal é um dos países mais seguros do mundo, mas é preciso não viver à sombra da bananeira" não é por si só motivo para abrir um telejornal às 20h.
A divulgação do desmantelamento de "duas redes criminosas no âmbito da imigração ilegal e do tráfico de pessoas" competia à Polícia Judiciária.
Luís Montenegro, fez uma intervenção televisiva em horário nobre que foi amplamente criticada, pela forma como abordou o tema da segurança em Portugal, mas também pelo assunto que trouxe. Durante o discurso, Montenegro destacou as forças de segurança e revelou estatísticas preliminares da operação policial "Portugal Sempre Seguro", que está em curso, algo que levantou questões quanto à pertinência de divulgar dados antes da conclusão da operação.
O discurso foi marcado por uma ambiguidade: Montenegro enfatizou que Portugal é "um dos países mais seguros do mundo", mas simultaneamente alertou para a possibilidade de que essa segurança possa estar em risco se o Governo, na sua perspetiva, "afrouxar a vigilância". Esta narrativa foi interpretada por muitos como uma tentativa de alarmismo político, numa área onde o país é frequentemente elogiado internacionalmente.
A crítica de que o discurso foi uma "chalupice" ou que demonstrou um estilo pouco compatível com um potencial cargo de primeiro-ministro reflete a sensação de que Montenegro terá exagerado no tom ou no oportunismo político ao tratar de um tema tão sensível. A exaltação do papel das forças de segurança, ainda que válida em parte, pareceu a alguns analistas e críticos mais uma tentativa de capitalizar politicamente sobre um tema popular do que um contributo substancial para o debate público.
O 'número' da comunicação às oito da noite foi um mero momento de propaganda política e falhou.
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