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Gazeta Paços de Ferreira

05/09/2022, 0:00 h

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Métodos contracetivos

Opinião

O conhecimento acerca dos diferentes métodos contracetivos permite à mulher realizar uma escolha informada e consciente, para uma melhor adequação ao comportamento sexual e condições de saúde, favorecendo a adesão e continuidade da utilização do método escolhido.

 

A prestação de cuidados na saúde reprodutiva é bastante diversificada. A maioria das mulheres com vida sexual ativa utiliza métodos contracetivos, porém o acesso à informação sobre contraceção e sexualidade segura mostra muitos défices.

Uma grande parte da população sexualmente ativa conhece apenas a pílula, preservativo e dispositivo intrauterino (DIU), com dúvidas e desinformação, desconhecendo outros métodos existentes e disponíveis nos Cuidados de Saúde Primários (CSP).

O conhecimento acerca dos diferentes métodos contracetivos permite à mulher realizar uma escolha informada e consciente, para uma melhor adequação ao comportamento sexual e condições de saúde, favorecendo a adesão e continuidade da utilização do método escolhido.

 Assim, torna-se importante informar e desmistificar alguns conceitos. A escolha deve ter em conta a idade, doença, medicação, tabagismo, mau uso, entre outras.

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Os métodos contracetivos podem ser de curta ou longa duração.

Nos métodos de curta duração, incluem-se: pílula, preservativo, adesivo, anel vaginal, injectável, métodos naturais (calendário, temperatura, coito interrompido).

Os de longa duração incluem o dispositivo intrauterino (DIU), hormonal ou não hormonal (cobre), o implante subcutâneo e esterilização.

Desmistificando conceitos… Por exemplo, apesar de ser de conhecimento, que o preservativo é o único que impede a transmissão de infeções sexualmente transmissíveis (ISTs), desconhece-se, por vezes, que lubrificantes oleosos podem diminuir a sua eficácia.

A pílula é o método contracetivo mais usado pela mulher portuguesa, contudo, com frequência há mau uso do método, com esquecimentos recorrentes, diminuindo a sua eficácia, o que pode sugerir benefício na troca de método.

O anel vaginal, gratuito nos CSP, aplicação mensal, e não necessita de ser retirado na relação sexual.

Já o implante é colocado na parte interior do braço, subcutâneo, com duração de 3 anos. O DIU, colocado dentro do útero, tem uma duração de ação média de 3 a 5 anos, dependendo do tipo, com eficácia semelhante à esterilização e pode ser usado em mulheres sem filhos ou que tiveram cesarianas.

O implante e o DIU podem ser colocados nos CSP, por médicos com formação e experiência de colocação.

A consulta de Planeamento Familiar, com o seu Médico de Família, é indicada para esclarecimento de dúvidas no âmbito deste tema. Tem como objetivo, entre outros, esclarecer e promover escolhas que garantam segurança, efetividade e continuação do uso de contraceção.

Maria Inês Durães, Médica

 

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