28/09/2024, 0:00 h
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OPINIÃO POLÍTICA
Por Mafalda Monteiro (Militante do Partido Socialista Paços de Ferreira)
Desde a sua criação em 1948, após o Plano de Partilha da Palestina aprovado pelas Nações Unidas, a região tem sido marcada por guerras e conflitos que refletem disputas territoriais e identitárias entre israelenses e árabes palestinos, além de países vizinhos.
Algumas dessas guerras foram:
A Guerra da Independência (1948-1949)
A Guerra do Suez (1956)
A Guerra dos Seis Dias (1967)
A Guerra do Yom Kippur (1973).
Conflito Israel-Palestina – que dura até hoje.
Guerra do Líbano (1982)
A tensão entre Israel e o Hezbollah, que é apoiado pelo Irão e pela Síria, começou nos anos 1980, durante a Primeira Guerra do Líbano. Israel ocupou partes do sul do Líbano de 1982 até 2000, como parte de uma estratégia para eliminar bases de guerrilheiros palestinos e militantes do Hezbollah. Quando Israel se retirou em 2000, o Hezbollah consolidou o seu controle no sul do Líbano, construindo a sua força militar e realizando ataques periódicos contra alvos israelenses ao longo da fronteira.
Embora o conflito tenha terminado sem um claro vencedor, ele teve consequências profundas para ambos os lados. Israel não conseguiu eliminar o Hezbollah, que, apesar das perdas sofridas, saiu fortalecido politicamente no Líbano e continuou a ser uma ameaça estratégica para Israel. Para o Líbano, os danos materiais foram devastadores, gerando uma crise humanitária e uma instabilidade política prolongada.
Além disso, o conflito também expôs as falhas de segurança da região, com o Hezbollah a consolidar-se como uma das principais forças armadas no Médio Oriente, desafiando não só Israel, mas também o governo central libanês. Desde então, a fronteira entre Israel e o Líbano tem sido tensa, com episódios ocasionais de violência, mas sem um conflito em grande escala.
Contexto atual
Até hoje, as tensões entre Israel e o Hezbollah continuam. O Hezbollah tem se envolvido em outros conflitos regionais, como na guerra civil síria, mas permanece uma ameaça latente para Israel. A situação de paz entre os dois países permanece frágil, alimentada por fatores regionais como a presença de grupos armados e as disputas entre potências internacionais que apoiam os diferentes lados do conflito.
Este conflito é parte de uma disputa mais ampla no Médio Oriente, marcada por rivalidades sectárias, interesses geopolíticos e o conflito árabe-israelense, que continua a moldar a política e a segurança da região.
Sou contra o que se está a passar neste momento entre Israel e o Líbano porque acredito que os conflitos armados não trazem soluções duradouras e apenas causam sofrimento às populações civis de ambos os lados. As guerras, como a que ocorreu em 2006, resultam em destruição, mortes e traumas que muitas vezes perpetuam ciclos de violência. A cada conflito, tanto libaneses quanto israelenses pagam o preço com vidas perdidas e comunidades devastadas.
Quanto a Israel, critico suas ações militares, especialmente quando resultam em vítimas civis e destruição em larga escala, como aconteceu em várias operações no Líbano. Além disso, discordo da maneira como o país lida com seus vizinhos e com a questão palestina, o que muitas vezes aumenta as tensões na região. As ações de Israel, em algumas situações, parecem-me desproporcionais e levam a mais violência em vez de promover a paz e a estabilidade.
Acredito que o caminho deve ser o diálogo, o respeito mútuo e a procura por soluções diplomáticas. A guerra só gera mais ódio e sofrimento, e, por isso, sou veementemente contra essa forma de resolver os problemas que Israel tem adoptado.
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