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Gazeta Paços de Ferreira

17/08/2024, 0:00 h

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Intoxicação digital - a nova era

Cultura Opinião

CULTURA

Dados mundiais indicam que o uso dos telemóveis, nos mais jovens, tem aumentado a taxa de suicídio. Alinhado a questão da saúde mental, estes dispositivos móveis podem causar sobrecarga de informação na mente humana, disparando estímulos visuais e auditivos, ativando a estrutura do cérebro, procurando a libertação de dopamina, num processo semelhante à atuação de adições (como drogas ilícitas).

Por Cláudia Pereira (Espaço Ocupar)

CULTURA
 

 

A resiliência humana e a rápida evolução tecnológica, a que temos vindo a assistir nos últimos tempos, têm vindo a modificar significativamente a dinâmica das nossas rotinas, das nossas vidas e consequentemente da nossa vida social. 

 

 

Vivemos num mundo completamente dominado pelas redes sociais, os nossos dispositivos móveis já se encontram de tal forma infiltrados no nosso dia-a-dia, que dá a sensação que sempre vivemos com eles. Com a crescente adição de novas funcionalidades, proporciona-nos mais ferramentas, que nos permitem agilizar e otimizar algumas tarefas do quotidiano, tais como: pagamento de contas, efetuar compras, realçando a rapidez e a automatização com que é possível manter uma conversa.

 

 

Por outro lado, o uso do telemóvel exige concentração e atenção, ocupa-nos tempo do nosso dia-a-dia, faz-nos adiar a realização de determinadas tarefas ou simplesmente ficarmos distraídos. O uso excessivo conduz também a uma dificuldade de socialização e consequentemente isolamento.

 

 

 

Dados mundiais indicam que o uso dos telemóveis, nos mais jovens, tem aumentado a taxa de suicídio. Alinhado a questão da saúde mental, estes dispositivos móveis podem causar sobrecarga de informação na mente humana, disparando estímulos visuais e auditivos, ativando a estrutura do cérebro, procurando a libertação de dopamina, num processo semelhante à atuação de adições (como drogas ilícitas). 

 

 

No seu mais recente livro, “Intoxicação Digital - Como Enfrentar o Mal do Milénio” Augusto Cury, o autor e psiquiatra salienta alguns dos sintomas para esta condição, tais como: fadiga ao acordar, irritabilidade, ansiedade, intolerância às frustrações, dificuldade de concentração, depressão, insónia ou dificuldade em adormecer e aversão ao tédio, entre outros.

 

 

Sendo algo tão presente no nosso quotidiano, é necessário saber usufruir do nosso tempo no momento físico e real, sem deixar que um meio eletrónico diminua a qualidade desse tempo, consequentemente das nossas vidas.

 

 

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