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Gazeta Paços de Ferreira

25/05/2024, 11:21 h

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Catarina e a Beleza de Matar Fascistas, é agora um livro, mas já foi uma peça de teatro premiada e esteve em várias salas portuguesas, de autoria de Tiago Rodrigues. O livro foi apresentado no mês passado e conta já com a 3º edição, é, tal como o título da canção de José Mário Branco, e que usei para este artigo, uma inquietação.

Por Célia Santos (Espaço Ocupar)

 

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CULTURA

 

 

Após um mês, mas ainda em clima de celebração dos 50 anos do 25 de abril, partilho uma sugestão de leitura e reflexão. Desde o dia da revolução que o país se libertou do cinzento que o manchava. Tudo mudou, e para melhor, segundo relatos e testemunhos que nos chegam até hoje. O acesso à educação e cuidados de saúde, foram os pontos mais importantes que aconteceram com a Revolução dos Cravos, mas também e sobretudo, a condição da mulher. A maior revolução aconteceu para as mulheres. 

 

 

Contudo, nada é dado como adquirido. Vivemos tempos incertos, difusos e ameaçados pelas visões extremistas. Discursos que semeiam o ódio, que criam fissuras na relação com o outro, com a tolerância e a aceitação da diferença. Discursos camuflados, pouco profundos, que põem em causa os direitos conquistados e a liberdade.

 

 

 

 

Catarina e a Beleza de Matar Fascistas, é agora um livro, mas já foi uma peça de teatro premiada e esteve em várias salas portuguesas, de autoria de Tiago Rodrigues. O livro foi apresentado no mês passado e conta já com a 3º edição, é, tal como o título da canção de José Mário Branco, e que usei para este artigo, uma inquietação. O livro descreve uma família que tem uma tradição antiga, e nesta última reunião familiar, seria a jovem Catarina a próxima a cumprir essa tradição, de “matar o seu primeiro fascista”, mas esta não consegue e aí “estala o conflito”. Esta obra levanta algumas questões, “O que é um fascista? Há lugar para a violência na luta por um mundo melhor? Podemos violar as regras da democracia para melhor a defender?”.

 

 

Convido à reflexão, mas acima de tudo, temos que saber que o nosso lugar é um lugar comum, e que a democracia e a liberdade são o nosso bem mais precioso, temos que as solidificar a cada dia.

 

 

 

 

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