01/11/2021, 0:00 h
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Na sequência do artigo anterior e no respeitante à modalidade de NATAÇÃO ou exercício em ambiente aquático, Pinyol (2000), faz uma distinção dos benefícios fisiológicos da seguinte maneira:
Em termos orgânicos – para além de haver uma melhoria de circulação sanguínea, devido à pressão exercida da água sobre o corpo pela solicitação de vários grupos musculares, contribuindo para uma função cardíaca mais regular e eficaz. Por sua vez, o trabalho em meio aquático, permite melhor desenvolvimento da atividade respiratória, como a capacidade de apneia e dos mecanismos respiratórios impostos pela execução de determinado estilo.
Em termos de coordenação motora e do desenvolvimento muscular, importa referir que o trabalho realizado em meio aquático ao nível da eficácia dos movimentos, permite uma melhoria das conexões nervosas pela maior exigência na harmonia neuro motriz.
No concernente à modelagem da atitude e postura corporal, a adequada tonificação da musculatura, evita deformações provocadas pelos vícios posturais e motores, permitindo maior equilíbrio funcional. Além disso, a ausência da gravidade e as posições habitualmente horizontais, enquanto se efetuam movimentos para nadar, permitem uma diminuição da carga que habitualmente é exercida na coluna vertebral.
É preciso não esquecer algumas precauções a ter em conta quando se trata de pessoas com história cardíaca, dada alguma incapacidade respiratória provocada pelo corpo em imersão e por consequente maior pressão hidrostática com limitação de movimentos. Além disso uma franca redução da gravidade e um maior relaxamento muscular pode levar à obtenção dum trabalho em excesso, cujos sintomas se manifestam nas fases subsequentes do dia, ou no dia seguinte. (continua)
José Neto: Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador
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