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Gazeta Paços de Ferreira

28/04/2022, 0:00 h

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EXERCÍCIO E ATIVIDADE FÍSICA (20) O CANCRO

Desporto

Algumas horas por semana a pedalar, a nadar, a caminhar ou a realizar um simples jogo entre amigos, ajudam a reduzir os riscos de as pessoas contraírem essa terrível doença, ou a estabelecer uma dinâmica motivacional em se agarrar à vida, quem porventura por ela está atingido?

Começo com uma questão: será que o exercício físico, ajuda as pessoas cancerosas a lutar contra a doença e a viver mais tempo?

Algumas horas por semana a pedalar, a nadar, a caminhar ou a realizar um simples jogo entre amigos, ajudam a reduzir os riscos de as pessoas contraírem essa terrível doença, ou a estabelecer uma dinâmica motivacional em se agarrar à vida, quem porventura por ela está atingido?

São questões que se levantam aos investigadores a todo o momento. Mas a resposta pode ser dada por alguns doentes que periodicamente se envolviam com um programa de exercícios, devidamente adaptado às circunstâncias pessoais detetadas: “mental e fisicamente sentimos que que estamos a receber uma lufada de ar fresco e energia, quando estamos a cumprir o nosso programa”.

Se por um lado o exercício se pode apresentar como um dos principais antídotos contra a depressão causada pela doença, por outro lado, as pessoas que habitualmente se sujeitam a uma atividade física regular, são menos suscetíveis de desenvolver algumas formas de cancro mais comuns, nomeadamente o cancro do cólon e dos órgãos reprodutores da mulher, como o documentam os estudos realizados pela universidade de Harvard.

Por outro lado, os mesmos estudos referem que os homens que se consideravam inativos, corriam o dobro do risco de desenvolver cancro em comparação com os ativos, nomeadamente aqueles que queimavam cerca de 2500 calorias por semana. Não esquecer, contudo, que a exaustão (exagero da atividade), proporciona uma função imunitária temporariamente reduzida, que por sua vez pode provocar um crescimento acelerado do tumor.

Aconselho por isso um programa fundamentalmente aeróbio e progressivo, isto é, trabalhar com a presença de oxigénio como fonte de energia disponível para a tarefa a realizar. O mesmo dizer que a pulsação nunca deverá ultrapassar as 140 batidas por minuto, não obstante tudo isto deva estar condicionado pela idade, sexo, situação da evolução da doença e outros dados de caráter pessoal.

Em termos gerais, aconselho um modelo de programa:

-Caminhar 3 a 5 km por dia, associando-lhe profundos exercícios respiratórios.

- Exercícios em bicicleta ergométrica, pedalando de 10 a 15 km/hora durante 12 minutos (2 ou 3 séries).

- Prática de natação ou imersão em tina de água aquecida (cerca de 37 graus), em idêntico volume do tempo anotado anteriormente.

- Realizar um plano de treino de respiração, imaginação e visualização mental, associando imagens mentais de sucesso pessoal, familiar, profissional adquiridas, funcionando como fonte mobilizadora de confiança, entusiasmo e crença num futuro a conquistar.

- Se possível, juntar-se a um bom amigo ou um grupo de amigos e semanalmente realizar uma partida de golfe adaptado, ou minigolfe, ou recorrer aos jogos tradicionais, desbrava

 

 

ndo o contacto com a natureza e a energia que ela comporta. O que interessa é que o exercício e a atividade física sejam capazes de dar respostas ao desejo de desfrutar a vida, num espaço de diálogo e conquista, nesta cada vez mais pausada viagem do tempo.

Obs na próxima edição, devotarei a minha atenção à importância do exercício e da atividade física no combate à osteoporose.

José Neto: Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador.

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