23/11/2021, 0:00 h
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A Escola Básica da Seroa abriu no ano letivo 2015-2016. Sendo o último Centro Escolar a abrir, regista pequenas diferenças em relação aos restantes, embora a sua estrutura seja similar.
A grande, grande diferença é que, passados seis anos letivos, continua a funcionar com luz provisória. E o enorme problema é que a luz está constantemente a ir abaixo, situação que este ano se tem agudizado de forma insustentável. Numa manhã normal de aulas chega a ocorrer mais de meia dúzia de vezes, o que compromete o trabalho dos alunos e dos professores. Se pensarmos que cada vez mais se utilizam meios tecnológicos para o processo ensino-aprendizagem, e que as aulas são preparadas tendo em conta esses meios, são compreensíveis os malefícios que se têm sentido.
O Agrupamento de Escolas de Frazão dotou os seus edifícios de material tecnológico, permitindo que alunos e docentes continuem a aproveitar a aprendizagem que fizeram no tempo da pandemia, e que sejam desenvolvidas novas competências, que são essenciais na nova era. Ora, esse desenvolvimento tem estado comprometido, bem como a conservação dos equipamentos, que estão a ser desligados constantemente devido ao corte da eletricidade. Acresce, ainda, a dificuldade de fazer o restabelecimento da corrente, uma vez que o quadro elétrico está colocado no exterior do edifício.
Esta situação há muito que preocupa a escola e tem sido alvo de reclamações, quer dos docentes, quer da coordenadora de estabelecimento para a direção do Agrupamento, e desta para o Município. São inúmeros os emails e as reclamações pessoais. Ora, porque puxei este assunto agora?
Esta semana o assunto veio para praça pública através dos pais e das redes sociais, que incitavam a que se reclamasse com os professores, com a direção, com a Junta, com a Câmara. É público, pelos comentários, que vários encarregados de educação contactaram elementos da Autarquia no sentido de que a situação fosse resolvida. O que é certo é que, coincidência ou não, as resoluções começaram a ser tomadas e, embora a situação ainda não esteja resolvida, pelo menos, sempre que a luz vai abaixo já dá para fazer a ligação do interior do edifício.
Pela informação que tenho, faltará colocar o contador e fazer a ligação final para que a Escola, passado 6 anos, tenha finalmente eletricidade definitiva.
Mas o que me incomoda é que tenha sido necessário haver um movimento de pais para que a situação tivesse sido resolvida. Sempre ouvi dizer que os pais têm muita força- e têm- mas não pode a Escola ficar refém disso, senão corremos o risco de numa próxima avaria, em vez de seguir os procedimentos normais, e reportar pela via oficial, ou seja, à direção do Agrupamento e desta para o Município, poderá haver quem se lembre de passar a informação aos pais, considerando que essa forma permitirá mais rapidamente a resolução do problema.
Não quero pensar nessa possibilidade como correta. Trabalho diariamente numa escola e sei, tal como os meus colegas, melhor do que quem está no exterior, quais são as reais necessidades. Aliás, sei que cada Escola é, para nós, uma segunda casa e, por isso, se alguém quer as melhores condições para a mesma, certamente somos nós.
Aguardamos que a situação fique completamente resolvida brevemente.
Rosário Rocha, professora do AE Frazão
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