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Gazeta Paços de Ferreira

26/11/2021, 0:00 h

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EDITORIAL Formação Profissional – um problema complexo

Editorial

Ambas convergem na necessidade de se promover a discussão da formação profissional por todas as entidades, publicas e privadas, intervenientes no processo, que, até ao presente, têm vindo a actuar em compartimentos estanques, e de costas voltadas umas para as outras.

Alertámos na última edição para a falta de trabalhadores na indústria de mobiliário, nomeadamente de profissionais qualificados, e interrogámo-nos sobre o que andarão a fazer múltiplas entidades, que, estatutariamente, se dedicam à formação profissional, com a qual auferem vultuosas importâncias de fundos públicos, sem resultados que se lobriguem.

A discussão ficava lançada, com a esperança que dela se faça Luz.

Nesta edição duas personalidades qualificadas dão o pontapé de saída no debate: o industrial João Paulo Carvalho e a Directora Pedagógica da Escola Profissional Vértice, Caroline Gomes.

Ambas convergem na necessidade de se promover a discussão da formação profissional por todas as entidades, publicas e privadas, intervenientes no processo, que, até ao presente, têm vindo a actuar em compartimentos estanques, e de costas voltadas umas para as outras.

João Paulo Carvalho entende que competirá à Câmara Municipal de Paços de Ferreira desempenhar um papel activo na definição de políticas de apoio à formação profissional dos recursos humanos, o que nos levanta sérias reservas, atentando nas funções e meios financeiros atribuídos ao Instituto do Emprego e da Formação Profissional, e ao papel fundamental que não pode deixar de caber às escolas e às associações de classe.

O industrial avança, na sua linha de pensamento, que em Paços de Ferreira se constitua uma unidade de formação profissional, e se aproveite , desde já, a unidade existente, a escassos quilómetros, no vizinho concelho de Paredes.

Caroline Gomes denuncia “a  proliferação de ideias estereotipadas e de pouco prestígio associados aos trabalhadores do setor, que levam os jovens a “fugir” destas áreas de formação, pelo que defende “uma mudança de paradigma na forma  como a sociedade reconhece os alunos provenientes das ofertas profissionalizantes” .

E a Directora da Escola salienta mesmo que a Vértice, em actividade há 31 anos, e pioneira de um curso de Técnico/A de Desenho de Mobiliário e Construções em Madeira, tem-se deparado com a pouca procura de jovens por esta oferta.

O problema é complexo. O debate está aberto.

Alvaro Neto

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