15/02/2025, 0:00 h
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Desporto Opinião Pedro Queirós
DESPORTO
Por Pedro Queirós
Os três grandes já trocaram de treinador; Daniel Sousa fez quatro jogos em Braga, três em Guimarães e já não treina ninguém; três treinadores começaram num clube da Liga e agora treinam outro…
O papel do treinador é cada vez mais descartável e o futebol atravessa uma fase em que, para se poderem defender, os treinadores colocam o lugar à disposição.
Só neste fim de semana, um treinador bateu com a porta e outro ameaçou fazer o mesmo.
Cristiano Bacci saiu do Boavista por considerar não estarem reunidas as condições para competir pela manutenção, depois do clube não conseguir contratar no mercado de inverno.
Tozé Marreco, depois da derrota frente ao Nacional, colocou o lugar à disposição do presidente. Ainda não se confirmou a saída de Tozé Marreco, mas caso aconteça, o Farense terá o terceiro treinador - José Mota iniciou a época -, e Marreco começou a temporada no Gil Vicente, de onde saiu depois da primeira jornada.
Há duas rápidas conclusões: a clara falta de planeamento das estruturas diretivas, que não analisam o perfil do treinador nem tentam associar o perfil dos atletas ao estilo de jogo que caracteriza o treinador; e a facilidade de despedimento do treinador.
Há clubes que já levam três treinadores; há treinadores que ficam três semanas e saem.
Há casos de exceção, como o do Nacional. Depois de um início complicado, de uma equipa que acabou de subir ao principal escalão, os resultados apontavam o caminho da saída de Tiago Margarido. O presidente chegou-se à frente e segurou o treinador. O Nacional já não está em posição de descida.
Mas a maioria são casos incompreensíveis, com Daniel Sousa à cabeça. Fez quatro jogos em Braga e três em Guimarães. Saiu duas vezes por divergências com as direções.
Luís Freire segurou o Rio Ave enquanto o clube não podia inscrever jogadores. Nesta época, chegaram vários atletas e o treinador foi despedido sem ter tempo de montar a equipa.
Filipe Martins saiu do Estrela da Amadora e foi substituído pelo diretor desportivo.
Quando se dão as trocas, raramente há aposta em treinadores jovens, de escalões inferiores. Parece um grupo exclusivo, que está na sala de espera enquanto não é chamado.
Esteve bem o Casa Pia, que apostou em João Pereira e está a colher os frutos.
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