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Gazeta Paços de Ferreira

18/03/2023, 0:00 h

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Dignidade no envelhecimento

Destaque Opinião Teresa Paula Costa

OPINIÃO

Nestes últimos tempos, as IPSS vão gerindo os seus recursos com muita dificuldade, com os aumentos dos custos em recursos energéticos, bens alimentares e recursos humanos. Todos os apoios são bem-vindos. É urgente um reforço financeiro da parte da Segurança Social, para manter um acompanhamento digno no fim de vida dos nossos idosos.

Teresa Paula Costa

 

“O mundo está cheio de velhos. Os que o são e os que o seremos um dia”

Carmen Garcia

Portugal tem uma população envelhecida. Cada vez há mais pessoas idosas a necessitar de cuidados e acompanhamento.

O envelhecimento é uma fase natural da vida, mas acarreta desafios e necessidades específicas. As famílias raramente conseguem satisfazer completamente estas necessidades, porque têm as suas ocupações profissionais e não têm disponibilidade para acompanhar da melhor forma as pessoas idosas. O recurso a centros de dia, serviços de apoio domiciliário e mesmo a lares (as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas – ERPI) é a solução.

Estes serviços estão, na sua maioria, entregues a IPSS, que têm feito um esforço enorme para manter uma oferta digna e variada, permitindo não só o acompanhamento básico, mas também as necessidades emocionais e sociais dos utentes. Para isso , investem em profissionais competentes permitindo o desenvolvimento de actividades físicas, intelectuais e de lazer fundamentais nesta fase da vida. O objectivo é fomentar um envelhecimento activo, estimulando a socialização e a autonomia dos idosos.

Nestes últimos tempos, as IPSS vão gerindo os seus recursos com muita dificuldade, com os aumentos dos custos em recursos energéticos, bens alimentares e recursos humanos. Todos os apoios são bem-vindos. É urgente um reforço financeiro da parte da Segurança Social, para manter um acompanhamento digno no fim de vida dos nossos idosos.

É necessário e urgente investir em mais lares e mais apoios aos idosos. E a possibilidade de recorrer ao PRR é a oportunidade, para compensarmos os 320 lares que foram encerrados nos três últimos anos, por falta de condições, e aumentar a oferta, num país com tão elevado número de idosos.

O Governo e o Poder Local devem apoiar e apostar nestas instituições, para garantir dignidade no envelhecimento da população.

Teresa Paula Costa

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