25/12/2023, 0:00 h
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OPINIÃO
Por João Paulo Carvalho
OPINIÃO
Mobilidade é um pilar fundamental para o desenvolvimento local, mas, infelizmente, ao olharmos para o nosso concelho de Paços de Ferreira, constatamos uma notável ausência de iniciativas nessa área nos anos após o 25 de abril. A falta de ações efetivas em relação à mobilidade concelhia levanta sérias questões sobre o comprometimento do poder autárquico em promover uma ligação vital entre as freguesias.
Sem movimento, a vida nas diferentes partes do concelho fica comprometida. A inexistência de uma adequada ligação entre as freguesias dificulta deslocar-se para o trabalho, procurar emprego, realizar consultas médicas ou mesmo circular pelas diversas localidades para apoiar o comércio local. O acesso à educação também é prejudicado, com muitos alunos perdendo diariamente entre três a quatro horas em deslocações para faculdades em cidades vizinhas como o Porto, Maia. Essa perda de tempo é, em última análise, uma questão de planeamento descoordenado.
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Recentemente, ao auxiliar um jovem na busca por formação na área de madeiras como operador de CNC, deparamo-nos com uma situação lamentável. Optamos pelo CFPIMM - Centro de Formação Profissional das Indústrias da Madeira e Mobiliário, uma escolha que oferecia garantias de qualidade. Contudo, o estudante teve que desistir devido à inexistência de transporte público adequado. Hoje, as deslocações para essas formações só são possíveis com meios próprios, representando quase metade do salário, uma realidade que implica perder significativo tempo de vida apenas para custear as necessidades de mobilidade.
Vivemos num concelho isolado, tanto interna quanto externamente. É imperativo que esta questão seja resolvida. Uma simples reflexão, um estudo cuidadoso e uma boa vontade que, infelizmente, parece ausente neste poder autárquico, pode ser o ponto de partida para uma transformação positiva na mobilidade local.
Portanto, é chegada a hora de questionar e exigir mudanças. A população de Paços de Ferreira merece um sistema de transporte público eficiente e acessível, capaz de conectar todas as suas áreas de forma eficaz. A ausência de iniciativas nesse sentido é um reflexo da falta de compromisso com o desenvolvimento e a qualidade de vida da comunidade. O poder autárquico precisa despertar para a importância da mobilidade como propulsora do progresso local.
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