03/03/2024, 0:00 h
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Opinião Opinião Politica Partido Socialista
OPINIÃO POLÍTICA
Por Hugo de Sousa Lopes (Membro da Comissão Política Concelhia do PS)
OPINIÃO POLÍTICA
As eleições de 10 de Março serão das mais importantes da história da Democracia Portuguesa. A necessidade de travar a progressão da extrema-direita, nomeadamente na sua aproximação à governação seria, por si só, razão de monta para os eleitores depositarem a sua confiança no Partido Socialista.
Contudo, nestas legislativas está, também, em causa uma diferença absolutamente decisiva sobre a forma como vemos a sociedade e como pretendemos que ela esteja organizada.
Ouvirmos a direita voltar à ideia peregrina do “choque fiscal” e o PS contrapor com um “choque salarial”, não se trata apenas de retórica. Aliás, já sabemos muito bem onde nos levaram os “choques fiscais” a que fomos sujeitos no passado. Este debate poderia resumir-se a duas simples questões: impostos e rendimentos.
O choque fiscal propagandeado pela direita é essencialmente baseado na redução do IRC. Uma estratégia económica apenas baseada na redução de impostos não assegura qualquer dinamismo e sustentabilidade à economia. Mas, ainda mais grave se torna esta medida quando verificamos que na realidade apenas 40% das empresas portuguesas pagam IRC e que 45% do IRC coletado é pago por 0,2% das empresas. Estes dados mostram que o choque fiscal só beneficiará as grandes empresas e simultaneamente impõe, em 4 anos, 23,5 mil milhões de euros de austeridade à economia e ao estado social.
Já no que aos salários diz respeito, a AD propõe o congelamento do crescimento do salário médio, propondo-se a atingir os 1750 euros em 2030, quando a concertação social já o acordou para 2027. Aliás, a AD já declarou que irá cancelar esse acordo.
No ponto de vista das pensões, todos recordamos a tentativa de corte das pensões acima dos 600 euros que a direita tentou impor com caráter permanente, tendo sido impedidos apenas pelo Tribunal Constitucional. Antes de se reconciliar com os pensionistas, a direita tem que se reconciliar com a verdade das suas políticas austeritárias.
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Resumindo, estamos a falar de medidas que pretendem reduzir o crescimento salarial pretendido para todos e transferir a riqueza ainda mais para os mais ricos.
O PS, pelo contrário, continua na sua missão de assegurar: aumento do salário mínimo que passou de 505 euros em 2015 para 820 euros em 2024; aumento do salário médio que passou de 1179 euros em 2015 para 1505 euros em 2023; continuação do aumento das pensões, que sofreram acertos anuais, e 6 aumentos extraordinários das pensões mais baixas; compromisso de continuidade de garantia de maior sustentabilidade da Segurança Social, pela diversificação do seu financiamento pelo adicional do IMI e pelos impostos à banca, tendo a AD já admitido querer acabar com estas fontes de financiamento.
Apenas o PS poderá assegurar a continuidade do aumento dos salários e das pensões, a sustentabilidade da Segurança Social e a redução das desigualdades.
Apenas com o voto no PS, dia 10 de Março, poderemos assegurar a continuidade do Estado Social.
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