Por
Gazeta Paços de Ferreira

12/01/2025, 21:25 h

375

CONTRA A GUERRA DOS IMBECIS

Opinião

OPINIÃO

É indecoroso que em vez de apoiar o reforço das pensões, de subsídios da Segurança Social ou de reforço das verbas disponíveis pelo SNS se aposte em despesas militares, nomeadamente na compra de dispositivos militares entregue a outros para cumprir compromissos de orientação belicista da NATO.

No Portugal do presente, 250 mil pessoas não conseguem fazer refeições de carne ou peixe, 600 mil têm a renda da casa, o empréstimo ao banco ou as contas da casa atrasadas, 650 mil pessoas não conseguem comprar roupa nova, por muito que precisem dela, mais de milhão e meio não têm dinheiro para aquecer a casa.

 

Entre 2021 e 2024, os preços do cabaz alimentar subiram significativamente: pão e cereais (+28%), carne (+27%), leite, queijo e ovos (+30%), produtos hortícolas (+36%), fruta (+22%), óleos e gorduras (+47%), peixe (+19%). No mesmo período, a habitação, electricidade, água , gás e outros combustíveis subiu 17,7%.

 

Sabemos que 2 milhões de pessoas, incluindo 300.000 crianças vivem abaixo do limiar de pobreza e um milhão de reformados têm pensões inferiores a 510 euros.

 

No novo ano, anunciam-se novos aumentos. O preço da carne e os ovos subirá entre 5 a 10%, o preço do gás natural no mercado regulado subiu já 6,9%, os medicamentos de 2,6%, a que se soma entre outros o café, as portagens, os transportes públicos, as telecomunicações, as comissões bancárias.

 

Neste quadro difícil e inexplicável parece louco destinar parte substancial do orçamento não a despesas sociais ou de melhoria das condições de vida das populações mas a despesas de financiamento das guerras em curso na Ucrânia e no Médio Oriente.

É indecoroso que em vez de apoiar o reforço das pensões, de subsídios da Segurança Social ou de reforço das verbas disponíveis pelo SNS se aposte em despesas militares, nomeadamente na compra de dispositivos militares entregue a outros para cumprir compromissos de orientação belicista da NATO. Encher os bolsos das empresas de armamento, nomeadamente norte-americanas, à custa dos cidadãos nacionais e suas necessidades, não é só má politica, antes justifica a designação de traição. Os milhões disponibilizados para a guerra são o espelho de políticas de submissão e de desprezo pelas desigualdades e sofrimento.

Quem quiser freneticamente ir para a guerra, que vista o uniforme e a expensas próprias se arme e se dirija para o campo de batalha. Não em meu nome, não em nosso nome.

CR

 

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