13/05/2024, 0:00 h
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OPINIÃO
Por Raquel Silva (Economista)
OPINIÃO
Mas talvez pense: “Ganho o salário mínimo; poupar é simplesmente impossível”. Neste artigo, vamos ver algumas sugestões que, mais do que ajudar a poupar, ajudam-nos a ter consciência e poder sobre as nossas finanças pessoais.
Hoje, é muito defendida a tese dos 50%/30%/20%. O que isto significa? Significa que é uma boa prática que o seu rendimento se divida em: 50% para necessidades (despesas como renda/prestação da casa, água, luz, telecomunicações, etc), 30% para desejos (lazer, jantar fora, cabeleireiro, roupa, etc) e 20% para poupanças (prioridades financeiras, tais como constituir o Fundo de Emergência, amortizar dívidas, investir em objectivos de longo prazo ou contribuir para a sua reforma). No entanto, estas percentagens devem, naturalmente adaptar-se a nós e à nossa família. Se não conseguimos inicialmente poupar 20% do nosso rendimento, poupemos 10%; o importante é haver sempre alguma poupança mensalmente.
E como podemos saber onde poupar e/ou cortar nas nossas despesas? O 1º passo é fazer um registo mensal. Será que sabe mesmo onde é gasto o seu dinheiro? Tente diariamente registar todos os seus gastos (incluindo um café ou uma garrafa de água. 2 cafés por dia útil serão cerca de €350/ano. Surpreendente, não?) Esse registo pode ser feito num Excel básico, em papel ou até mesmo nas notas do telemóvel. Acredite, ao fim de um mês de um registo exacto, vai surpreender-se, falo por experiência própria! Ao fim de alguns meses, pode mesmo fazer uma análise por rubricas e até estabelecer algumas metas: gastar até determinado valor ou cortar numa determinada rubrica.
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E como pouparmos mais? Há 2 formas: ganharmos mais ou gastarmos menos. Em relação aos rendimentos que entram: se não puder ter um aumento de salário, há algumas formas de “renda extra”. Gosta de tricotar, fazer artesanato, cozinhar ou fazer manicure? Por que não rentabilizar o seu hobbie? Ou então vender objectos em 2º mão em plataformas tais como a Vinted ou o OLX. Pode, ainda, experimentar venda por catálogo ou prestar serviços, tais como dar explicações, por exemplo. Do lado da despesa, mesmo nos gastos obrigatórios, é possível poupar: avalie e renegoceie contratos (telecomunicações, electricidade, gás) e seguros (carro, casa, vida); até mesmo o crédito habitação pode ser renegociado e podemos também simular (na Internet encontra alguns simuladores) se é possível baixar o nosso IMI.
Ao adoptar estas práticas e manter o compromisso de controlar gastos e aumentar poupanças, terá finanças mais saudáveis e maior liberdade financeira!
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