Por
Gazeta Paços de Ferreira

31/10/2019, 2:42 h

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CRITICA À GESTÃO DESPORTIVA DO PAVILHÃO MUNICIPAL

Desporto Álvaro Neto Comentário Desportivo

COMENTÁRIO DESPORTIVO

Argumentavam os nossos contraditores que essa modalidade/ futebol não poderia vir para o Pavilhão, porque os atletas eram violentos, mal-educados, indisciplinados,arruaceiros, e correr-se-iam graves riscos de se partirem as lâmpadas do recinto com as bolas… (como se vê, fina argumentação).

Os leitores desta coluna recordam-se do último texto, onde referi que, no princípio dos anos 80, me vi confrontado com um singular boicote à minha intervenção no movimento desportivo, por parte do então vereador Arménio Pereira.

No entanto, não desisti, nem poderia desistir.

Era forte a minha determinação, estava empenhado na construção de um clube em Figueiró e, fundamentalmente, entendia que deveria persistir para que a atividade desportiva no concelho assomasse a patamares mais elevados, já que o impunham a emancipação social, pelo desporto, dos jovens do concelho e da população em geral.

E, para isso, nem precisava -  nem iria precisar -  de andar com qualquer bandeira política às costas, que  tanto incomodava o ilustre autarca e que servira de pretexto para o referido boicote.

 Apesar das tarefas árduas encetadas em Figueiró contra o conformismo, o medo do desconhecido e poderosos interesses
instalados, não deixava de intervir nos encontros municipais de discussão desportiva, como o Conselho Municipal do Desporto, onde travaria renhidos debates com o mesmo vereador Arménio Pereira, e teceria severas s críticas à gestão desportiva municipal, especialmente no que dizia respeito ao Pavilhão Municipal,que, no meu entender, não cumpria, nem de perto nem de longe,com as suas funções de dinamizador dinamizador das modalidades desportivas de pavilhão que não eram fomentadas nos clubes e nas associações das freguesias, por falta de equipamentos locais, e se iam enquistando nas entranhas do clube do regime, que, aliás, nem se coibia de considerar o Pavilhão como coisa sua.
Foi terrível a luta travada para que o Pavilhão Municipal pudesse albergar a modalidade florescente na altura - o futebol d e salão ou de 5 – com equipas nascendo espontaneamente nas freguesias – e com os primeiros passos a serem dados pelo Grupo das Escolas de Arreigada na atividade regular e federada, num recinto descoberto e com piso em cimento,altamente perigoso para a integridade física dos atletas.
Argumentavam os nossos contraditores que essa modalidade/ futebol não poderia vir para o Pavilhão, porque os atletas eram violentos, mal-educados, indisciplinados,arruaceiros, e correr-se-iam graves riscos de se partirem as lâmpadas do recinto com as bolas… (como se vê, fina argumentação).

Nem com a nossa garantia de pagar do nosso bolso todas as lâmpadas que se viessem a partir, os donosdaquilo cederam.
E, assim, esta recusa do futebol de salão no Pavilhão Municipal só viria a terminar,quase uma dúzia de anos depois,quando o Escolas de Arreigada, pioneiro na modalidade ascendeu ao nível mais elevado do futsal federado nacional e deixou de poder utilizar o recinto descoberto da freguesia.
(Era caso para se dizer: perdia-se uma batalha, mas avançava-se para a vitória na guerra – que importava)

Publicado na edição de 31.outubro de 2019 da Gazeta de Paços de Ferreira

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