12/11/2021, 0:00 h
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O Chumbo do Orçamento de Estado para 2022 e a consequente dissolução da Assembleia da República levantou-me uma questão: Será que os deputados têm direito a subsídio de desemprego? Fui ver e sim, os Deputados beneficiam do regime geral da Segurança Social, aplicável a todos os trabalhadores em Portugal (o que inclui proteção em caso de doença, maternidade/paternidade, desemprego, doenças profissionais, invalidez, velhice e morte).
Mas será que alguma vez lhes passou pela cabeça que a assembleia seria dissolvida?
Acho que não. Acho que naquele momento o que estava na mesa era simplesmente um afirmar de posição de meia dúzia que se fizeram muitos e que culminou na paragem parcial de país.
Aqui viu-se a luta por uma posição de poder, de um egocentrismo enorme, que na elevação das suas altas ideologias que tanto apregoam de defesa dos pobres e desprotegidos, que acabou por coloca-los numa posição fragilizada e com a vida em suspenso.
Será que o povo algum dia lhes vai perdoar este ato inconsciente?
Será que agora não têm os seus cargos a prazo?
Mais uma vez tivemos a prova concreta que a desunião não leva a lado nenhum. E que na hora a justiça é cega, mas vê.
Quando um líder considera estar numa posição em que os outros é que precisam deles, e colocam o orgulho à frente de tudo, fraco político e fraca pessoa temos aqui.
Sempre ouvi dizer que a minha liberdade acaba onde começa a dos outros, e aqui estavam muitos outros. Num momento em que o país e o mundo está a tentar erguer-se de uma pandemia, quando deveria haver solidariedade, não, não houve nada disso. Houve “não fazes o que eu quero, não contem comigo, o povo que se amanhe”.
E agora Catarinas, Jerónimos, Costas e Marcelos? Aprenderam que o momento é de união? Provavelmente não.
Isto foi choque, mas que este choque faça com que todos com responsabilidades quer nacionais, ou autarcas tomem este isto como exemplo e vejam que só juntos se deve caminhar, que cada um para seu lado não se vai a lado algum.
O bem do povo deve prevalecer ao superior interesse individual ou partidário.
Que sirva para acordar e lembrar que o poder é efémero, no resto o que fica é a dignidade que alguns perderam no dia em que lhe deram algum poder.
Como diz Tom Jobim “É IMPOSSIVEL SER FELIZ SOZINHO”.
Celina Pereira, Membro da Comissão Política do Partido Socialista de Paços de Ferreira
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