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Gazeta Paços de Ferreira

28/02/2024, 0:00 h

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Cancro do Fígado: um diagnóstico que traz mais do que desafios médicos para os doentes

Opinião Saúde

SAÚDE

A prevenção do cancro do fígado envolve a adoção de hábitos saudáveis, tais como evitar o consumo excessivo de álcool, manter um peso saudável e realizar a vacinação contra a hepatite B. Além disso, é fundamental promover, nos casos em que isso está aconselhado, a realização dos exames de rastreio para deteção precoce do cancro do fígado.

Por Arsénio Santos (Presidente da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado - APEF)

SAÚDE

 

 

O cancro do fígado é uma batalha silenciosa enfrentada por muitas pessoas em todo o mundo, pelo que é crucial destacar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento desta doença. A consciencialização acerca dos fatores de risco, como as hepatites virais, o consumo excessivo de álcool e a obesidade, é um passo fundamental para prevenir este cancro.

 

 

Este tipo de cancro pode manifestar-se através de sintomas como perda de peso inexplicável, dor abdominal, inchaço abdominal, icterícia, fadiga extrema e perda de apetite. Reconhecer esses sinais pode ser crucial para um diagnóstico precoce e um melhor prognóstico.

 

 

Existem vários fatores de risco associados ao desenvolvimento do cancro do fígado, tais como a cirrose hepática, a infeção crónica por vírus da hepatite B ou C, o consumo excessivo de álcool, a obesidade e a diabetes. Mas esta é uma situação prevenível, evitável, tratável e, por vezes, curável.

 

 

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A prevenção do cancro do fígado envolve a adoção de hábitos saudáveis, tais como evitar o consumo excessivo de álcool, manter um peso saudável e realizar a vacinação contra a hepatite B. Além disso, é fundamental promover, nos casos em que isso está aconselhado, a realização dos exames de rastreio para deteção precoce do cancro do fígado. Estes estão indicados nas pessoas com cirrose ou fibrose hepática avançada e nas que têm infeção crónica pelo vírus da hepatite B. O rastreio é realizado por ecografia abdominal, realizada por radiologista com experiência a cada 6 meses, o que permite ajudar na deteção precoce e aumentar as probabilidades de tratamento eficaz.

 

 

No que diz respeito ao doente, é imperativo não apenas considerar a doença em si, mas também o impacto que a mesma tem na sua vida e na daqueles com quem convive diariamente. O diagnóstico de cancro do fígado traz consigo, além de desafios médicos, implicações emocionais, físicas e sociais. O apoio e a compreensão da sociedade são essenciais para que os doentes enfrentem esta jornada com coragem e dignidade.

 

 

O cancro do fígado não é apenas uma estatística, mas sim uma realidade vivida por muitos. Unidos podemos fazer a diferença, proporcionando uma vida mais plena e de qualidade, na qual o doente poderá encontrar compaixão, entendimento e tratamento adequado.

 

 

 

 

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