24/10/2024, 10:32 h
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Destaque Editorial Álvaro Neto
EDITORIAL
Por Álvaro Neto (Diretor da Gazeta de Paços de Ferreira)
O Município de Paços de Ferreira tem desenvolvido, desde os princípios do século XXI, uma política desportiva muito avançada e progressista.
Nunca será demais realçar os apoios que vem prestando aos clubes desportivos amadores, o que tem impulsionado a sua existência, fundamentalmente, dedicados ao futebol, em quase todas as freguesias.
Para além do pagamento das inscrições dos atletas nas associações e federações desportivas, a preocupação com a sua saúde e bem estar levou o Município ao suporte das despesas com os exames médicos, os seguros, o suporte básico de vida e o tratamento das lesões.
Verifica-se, no entanto, que a aplicação desses apoios tem sentido algumas dificuldades, nomeadamente, por falta de sincronização entre as datas do início das atividades esportivas - épocas desportivas, normalmente, a 1 julho de cada ano - e a renovação dos contratos com as empresas prestadoras de serviços médicos.
Esta questão, inicialmente, não se levantava, pela simples razão de que os clubes não estavam devidamente sensibilizados para os perigos decorrentes do início dos treinos com os atletas ainda não examinados, nem detentores de seguro.
Mas acidentes graves, infelizmente verificados, chamaram a atenção dos dirigentes dos clubes para a necessidade de apenas iniciar a suas atividades desportivas com os atletas devidamente salvaguardados medicamente.
Ora acontece que, nas anteriores épocas o problema da sincronização entre a renovação dos contratos das empresas prestadoras de serviços e a requisição do seu serviço pelos clubes não se vinha colocando, pelo fato de a empresa prestadora ter vindo a renovar os contratos com o município e se dispor a prestar os serviços, ainda sem o contrato renovado.
No entanto, na presente época não se verificou a renovação do contrato com essa empresa, tendo vencido uma outra.
Infelizmente, esta empresa não pôde fazer, atempadamente, os exames médicos de princípio da época e houve vários clubes, que, pelas razões acima apontadas para o início dos treinos, recorreram aos serviços da anterior empresa, que lhos prestou e faturou, já que não tinha contrato com o Município.
Os clubes pagaram do seu bolso, na firme e natural convicção, de que o Município assumiria estes custos, a coberto da obrigação em que se constituíra regulamentarmente.
Porém, o Município tem vindo a protelar o pagamento dessas importâncias aos clubes, mas é nossa convicção que não deixará de o fazer.
Na verdade, as razões acima apontadas dos riscos que os clubes correriam, iniciando a época sem os exames médicos, sem terem, portanto, asseguradas aos seus atletas as condições de saúde, se imporão, pelo seu valor humano e apoio regulamentar, a meras questões processuais/ contratuais.
Até é uma questão de bom senso…
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