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Gazeta Paços de Ferreira

26/10/2024, 11:46 h

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As eleições não são só americanas

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Nestas eleições estão em jogo a vida de milhões de pessoas, muitas delas fora da América, e o seu resultado ditará diversas políticas mundiais dos próximos quatro anos.

Por Filipe Rodrigues Fonseca (Engenheiro Informático e Militante do Livre)

 

Dia 5, os Estados Unidos da América vão às urnas para eleger o novo (ou nova) presidente. Os principais candidatos são a vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump.

 

 

Com visões e políticas externas tão diferentes, como é que a mudança na presidência desta potência mundial irá afetar o mundo? Sendo a maior economia do mundo, as decisões do futuro presidente não afetarão apenas os americanos. 

 

 

Durante os últimos quatro anos, o país foi um apoio vital à Ucrânia na defesa do seu território, tendo Harris confirmado que pretende continuar a ajudar Zelensky. 

 

 

Por outro lado, Trump é altamente crítico do presidente ucraniano, considerando-o responsável pela invasão e discordando do financiamento entregue nos últimos anos. Caso vença, Trump irá reduzir o valor do financiamento, dificultando o trabalho das linhas de defesa ucranianas.

 

 

A posição dos EUA sobre a guerra Israel-Hamas pode também mudar no dia 5 de novembro. Israel é um antigo aliado do país, mas o constante bombardeamento da faixa de Gaza levou Harris a pedir um cessar-fogo imediato por diversas vezes e a criticar Israel por impedir ajuda humanitária ao povo palestiniano. 

 

 

 

 

Por outro lado, enquanto antigo presidente, Trump manteve uma postura de suporte a Israel, deixando o seu genro Jared Kushner como o responsável pelo tema. O ex-presidente parou o financiamento da agência de refugiados palestinianos e tentou, sem consultar a Palestina, implementar um acordo de paz que atribuia o controlo da segurança palestiniana a Israel. 

 

 

Em 2016, Trump venceu as eleições com uma campanha focada na construção de um muro que separasse o sul do país e o México, impedindo a entrada de migrantes. Esta estrutura iria impedir migrantes de entrar no país e seria paga na totalidade pelo México, mas acabou por falhar o seu propósito e ser paga pelos contribuintes americanos. 

 

 

A vice-presidente pretende, por outro lado, reformar o sistema de imigração americano e não defende a expulsão em massa de todos os imigrantes ilegais. 

 

 

Em novembro, uma destas duas visões opostas irá garantir a Casa Branca. Se por um lado, o humanismo de Kamala Harris ganha votos de pessoas preocupadas com políticas externas, o caráter e egocentrismo de Trump ganha votos dos defensores do “sonho americano”. 

 

 

Nestas eleições estão em jogo a vida de milhões de pessoas, muitas delas fora da América, e o seu resultado ditará diversas políticas mundiais dos próximos quatro anos.

 

 

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