14/02/2025, 2:00 h
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OPINIÃO
Por Celina Pereira
A separação de um casal, por si só, já é um processo difícil, permeado por inúmeros sentimentos como tristeza, raiva e frustração. No entanto, quando a mágoa e o ressentimento se transformam numa arma direcionada aos filhos, o divórcio torna-se um campo de batalha emocional, com consequências devastadoras para a saúde mental e emocional dos filhos.
A alienação parental, caracterizada pela manipulação de um dos pais para denegrir a imagem do outro, é uma forma cruel de violência psicológica que deixa cicatrizes profundas nas crianças. Os filhos, que amam ambos os pais, são colocados numa posição de conflito, sendo forçados a escolher um lado e a rejeitar o outro. Essa situação gera confusão, angústia e um sentimento de culpa, que, geralmente, marca-os por toda a vida.
É fundamental frisar que o divórcio é um problema dos adultos e jamais deve ser usado como moeda de troca ou vingança. Os pais, mesmo separados, continuam a ser pais e têm a responsabilidade de proteger os seus filhos, independentemente dos seus próprios conflitos. A criança não pode ser transformada num instrumento de ataque, o portador de mensagens raivosas ou um confidente de mágoas e ressentimentos.
Os pais precisam entender que o divórcio não é o fim da parentalidade. O amor e o cuidado com os filhos devem ser prioridades, independentemente dos problemas conjugais. É preciso preservar a saúde mental e emocional das crianças, garantindo que elas tenham o direito de amar e conviver com ambos os pais de forma saudável e equilibrada.
Lembrem-se: o divórcio é um processo de adultos, mas as crianças são as que mais sofrem. Protejam os vossos filhos num processo de divorcio e proporcionem-lhes um ambiente de amor, segurança e respeito, onde eles possam crescer felizes e saudáveis, apesar da separação dos pais.
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