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Gazeta Paços de Ferreira

16/02/2025, 2:00 h

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AINDA A PROPÓSITO…

Manuel Maia Opinião Seroa

OPINIÃO

Neste momento, Seroa, está muito aquém destas exigências. Mas não estaria se, ao tempo, duas condições tivessem sido satisfeitas.

Por Manuel Maia

 

Terminei meu último artigo, dando os parabéns ao Sr. Presidente da Junta da Freguesia de Seroa pela iniciativa de tentar promover esta Freguesia a Vila. Obviamente que por trás desta promoção estaria uma série de infraestruturas altamente enriquecedoras para a população desta nossa Terra. Infraestruturas que nesse artigo tive o cuidado de elencar.

 

Elas eram, há dez/quinze anos atrás, as condições exigidas, por Lei, para a tal promoção. Hoje, desconheço se esta Lei sofreu alterações.

 

Lembro-me que nessa altura, ao estudar as condições de promoção de Seroa, fiz o mesmo em relação ao “salto promocional” de Vila a Cidade.

 

Era um trabalho que se impunha já que, por estas bandas, não faltam Terras com o estatuto de Vilas. Vim a saber, então, que tal “salto”, de Vila a Cidade, implicaria a existência de um Hospital com Serviços de Urgência; Bombeiros; Auditório/Biblioteca; Centro Cultural/Museu; Rede de Transportes Públicos eficiente; Parque Empresarial; Hotel; Estádio ou Parque Multidesportivo/Multiusos. Só reunindo estas condições, qualquer Vila poderia ascender à categoria de Cidade.

 

 

 

 

Neste momento, Seroa, está muito aquém destas exigências. Mas não estaria se, ao tempo, duas condições tivessem sido satisfeitas:

 

Primeiro: - a concretização do sonho do Sr. Padre Artur que era a construção do Centro Social e Paroquial de Seroa, conforme consta no livro do Sr. Padre Fernando Vieira Lopes, pág. 38, onde se pode ler em rodapé: “Mapa de implantação do Complexo Paroquial de S. Mamede de Seroa”.  Deste complexo faria parte um Novo Templo e Cripta Polivalente (a designada Tenda de Deus); Casa Paroquial; Centro de Juventude; Biblioteca; Creche; Centro de Dia, etc. Recordo, a propósito, que Seroa era, então, a única Freguesia de todo o Concelho que não tinha um Centro Social e Paroquial. E parece-me que continua a ser…!

 

Segundo: - se tivessem permitido que os industriais e empresários Seroenses levassem por diante seus intentos, construindo eles próprios, a expensas suas, o Pavilhão Empresarial. Hoje, tenho a certeza que lograríamos de uma Terra totalmente diferente, disfrutando de excelentes condições para viver, pois como é óbvio, uma coisa implicaria a construção de outras coisas, e o Hotel, os Bombeiros, o Auditório, o Centro Cultural e o Hospital, não seriam simples miragem.

 

Seroa seria, de facto e por direito próprio, uma digna “Porta de Entrada para a Capital do Móvel”. Dito, assim, de forma enviesada, ninguém acredita que tal ambição dos Seroenses fosse caso para levar a sério. Mas importa lembrar que estou a referir-me aos “anos/70/80/90”. Anos em que os Irmãos Barbosa, sozinhos, construíram dois grandes pavilhões; o “Móveis Júlio” estava iniciando um vasto império; os senhores industriais: Amadeu Maia, Rodolfo, Manuel Matos e outros, estavam num “crescendo imparável”. Portanto, nesta matéria, os Seroenses tinham capacidades, possibilidades e potencialidades, ou seja, tinham, na verdade, “pernas para andar” e o sonho destes industriais e empresários seria uma realidade. Seroa, criadas as referidas condições seria, hoje, uma linda cidade. Repito, uma digna porta de entrada para a Capital do Móvel. Uma Terra cheia de “encanto e beleza”, onde daria gosto viver. Dos serviços municipais bastaria que nos dessem 1/4 dos “mimos” que deram a Freamunde.

 

Como o sonho do Sr. Padre Artur não se concretizou, Seroa continua na “cepa torta”, sendo uma das Freguesias mais atrasadas de todo o Concelho, pese embora o grande esforço dos nossos Presidentes de Junta, no sentido de alavancá-la deste “status quo”.

 

Claro que isto só se vê bem de longe, porque de longe só se vê com o coração!

 

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