21/01/2021, 16:13 h
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Como sabemos, dia 24/01/2021 teremos eleições para a Presidência da República. Uns dirão que são eleições importantes em que a nossa democracia é colocada á prova mais uma vez, que são fundamentais para o regular funcionamento das instituições, que nos dias atuais são ainda mais importantes por causa de todas as adversidades que estamos a passar e que ainda iremos (com toda a certeza!) atravessar. Outros dirão que são só mais umas eleições sem interesse, que os candidatos o que querem é “tacho” e que não estão nada preocupados com as pessoas. Provavelmente nem de um lado nem do outro estará a razão e existirá um pouco de verdade nos dois pontos de vista.
Não nos interpretem mal ao ler o título deste texto. Que fique bem claro que somos da opinião que todos deveremos votar. No entanto também não podemos deixar de respeitar e entender quem não o faz. Continuam a ser portugueses e não uns seres estranhos sem princípios que não merecem nada.
A verdade é que os candidatos presidenciais não têm feito muito (pelo menos não têm feito o que deveriam fazer) para que as pessoas sintam vontade de ir votar. Senão vejamos. Quem tem acompanhado os debates televisivos o que vê? Ataques pessoais, tricas, confusão, conversas sem interesse, assuntos discutidos que não são sequer da sua competência (houve até um candidato que terá dito que iria baixar o IVA para um determinado produto/sector de atividade (!) … e no fim querem que a população vote. Outro candidato disse relativamente às regras de abertura/confinamento na época natalícia “A decisão teve os efeitos que teve. Na altura falei de um pacto de confiança com os portugueses. Mas o pacto não funcionou. É um facto”. Poderemos interpretar que os portugueses não são de confiança? Mas serão de confiança para votarem nesse candidato? Provavelmente não devemos ser tão literais nas conclusões. Mas no fim querem que a população vote.
Um professor de direito constitucional da universidade católica de Lisboa explica que “tirando a situação dos referendos que tem essa norma especial, a abstenção não é relevante (no processo eleitoral)”. A abstenção não é relevante, diz a nossa constituição!
Urge alterar e credibilizar todo o processo associado às eleições e aos eleitos. Da parte do CDS PF faremos tudo o que nos for possível nesse sentido junto dos órgãos próprios do partido.
Terminamos desejando e apelando a todos que votem.
Oscar Leal (Vice-presidente do CDS de PF).
18/01/2021
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